A Toyota anunciou a paralisação dos testes com seus carros autônomos em vias dos Estados Unidos após o acidente com o veículo da Uber, que culminou na morte de uma mulher nesta segunda-feira.
Os testes foram suspensos em São Francisco e nas vias públicas próximas ao centro de pesquisa da empresa em Ann Arbor, no estado norte-americano de Michigan. Ainda assim, de acordo com o jornal The New York Times, a Toyota continua a testar veículos autônomos em três ambientes fechados, dois deles em Ann Arbor e um terceiro conhecido como Estação GoMentum, uma antiga estação de armamentos navais em Concord, na Califórnia.
“Falamos aos nossos motoristas que tirem alguns dias de folga para que possamos avaliar a situação”, disse o porta-voz da Toyota, Rick Bourgoise, ao NYT.
A Toyota possui uma frota de carros autônomos em teste, mas conta com engenheiros e motoristas de segurança que podem controlar o veículo caso necessário – a Uber mantinha o mesmo esquema de segurança no carro envolvido no acidente, segundo a publicação norte-americana.
Segundo a BBC, a montadora não tem um cronograma para reiniciar os testes. Até o acidente da Uber, a Toyota tinha como expectativa fabricar carros autônomos em 2020.
A Ford Motor e General Motors são outras montadoras que testam carros autônomos. Em agosto do ano passado, o veículo autônomo da Ford começou a entregar pizzas nos Estados Unidos.
Em nota, a Toyota confirmou a pausa temporária dos testes nas ruas. “Não podemos especular sobre a causa do incidente ou o que isso pode significar para a indústria de condução autônoma daqui para frente. Como o TRI – Toyota Research Institute – acredita que o incidente pode ter um efeito emocional, principalmente na equipe de testes, o TRI decidiu pausar temporariamente seu próprio teste de modo Chauffeur em vias públicas”.
A empresa ainda lamentou o acidente com o carro da Uber. “A Toyota não tem informações em primeira mão sobre a trágica fatalidade em Tempe, Arizona, no domingo, 18 de março. Nossos pensamentos estão, em primeiro lugar, com a família da vítima”.