Em resposta às crescentes ameaças dos rebeldes hutis no Iêmen ao transporte marítimo no Mar Vermelho, a gigante petrolífera Shell anunciou nesta terça-feira 16, que seus navios-petroleiros não transitarão na região até segunda ordem. A decisão, revelada pelo The Wall Street Journal (WSJ), foi tomada na semana passada e tem como principal objetivo garantir a segurança das tripulações diante do perigo iminente de ataques e possíveis vazamentos de petróleo.
Segundo informações do WSJ, desde o final de novembro, aproximadamente 30 navios foram alvo de disparos ou ataques por parte dos rebeldes hutis, que contam com o apoio do Irã. A intensificação dessas ações nos últimos meses tem como alvo principal navios que são suspeitos de terem ligações com Israel.
O perigo de um vazamento de petróleo na região tornou-se uma preocupação significativa para a Shell, que, juntamente com outras empresas do setor, busca preservar a segurança de suas operações marítimas. A decisão da Shell segue a mesma linha adotada por outras grandes empresas petrolíferas, como a BP, a QatarEnergy e a gigante dinamarquesa de transporte marítimo Maersk, que também anunciaram a suspensão de operações no Mar Vermelho.
Ainda nesta terça-feira, a Shell divulgou um comunicado informando o fechamento da venda de sua subsidiária nigeriana por até 2,4 bilhões de dólares. A medida pode ser interpretada como parte de uma estratégia mais ampla da empresa para reavaliar suas operações em meio às instabilidades na região do Mar Vermelho.
A comunidade internacional acompanha de perto o desenrolar desses acontecimentos, pois o Mar Vermelho desempenha um papel crucial no comércio global de petróleo. A interrupção das atividades de empresas tão significativas como a Shell pode ter implicações não apenas para o setor petrolífero, mas também para a economia global como um todo. A busca por soluções diplomáticas e estratégias para garantir a segurança no transporte marítimo torna-se, portanto, uma prioridade urgente para a estabilidade da região.