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Serviços registram 6ª alta puxado por aumento de transporte de encomendas

Com restrição de atividades presenciais por causa da Covid-19, setor ainda não voltou ao nível pré-pandemia, mas avanços seguidos mostram adaptação

Por Larissa Quintino Atualizado em 13 jan 2021, 12h13 - Publicado em 13 jan 2021, 09h57
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  • O setor de serviços avançou 2,6% na passagem de outubro para novembro, o sexto mês consecutivo de alta. Apesar do ganho acumulado de 19,2% nesse período, o resultado ainda é insuficiente para compensar as perdas entre os meses de fevereiro e maio do setor, que ainda se encontra 3,2% abaixo do patamar de fevereiro. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quarta-feira, 13, pelo IBGE. Nos últimos 12 meses,  o recuo de 7,4% mantém a trajetória descendente iniciada em janeiro (1,0%). 

    Vale lembrar que o setor de serviços, o maior do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, foi afetado frontalmente pela pandemia do novo coronavírus e com a restrição no atendimento presencial de atividades, ora com fechamento, ora com redução de público.

    Todas as cinco atividades investigadas na pesquisa tiveram crescimento na passagem de outubro para novembro, com destaque para os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que registrou alta de 2,4%, e serviços prestados às famílias, que avançou 8,2%. Ambas foram as mais afetadas pela pandemia.

    Algumas atividades, como serviços de transporte e correios, envolvem entregas de compras feitas pela internet, e se fortaleceram no período. A atividade cresceu pelo sétimo mês seguido e acumula ganho de 26,7% entre maio e novembro, mas ainda precisa avançar 5,4% para atingir o nível de fevereiro último, mês que antecedeu a implementação das medidas sanitárias para conter a Covid-19. O gerente da PMS, Rodrigo Lobo explica que, dentro da atividade, o segmento de transporte rodoviário de carga, ao lado do transporte de passageiros, teve influência. “Há uma correlação importante deste segmento com as taxas positivas que o comércio e a indústria vêm apresentando. Ambos já superaram o patamar pré-pandemia, e seus resultados interferem nessa atividade”, afirma.

    André Perfeito, economista-chefe da Necton ressalta que a reação dos serviços pode amenizar no resultado do PIB deste ano. Isso acontece em grande parte pela adaptação das atividades, para o funcionamento mesmo com a pandemia. “A boa notícia do setor é que os serviços foram positivamente impactados com o avanço da Covid uma vez que fez crescer a demanda por entregas rápidas e assim transportes e correio subiu”, analisa.

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    De acordo com Lobo, as atividades do setor de serviços que estão encontrando mais dificuldades são aquelas prestadas de forma presencial, por isso, o setor ainda não conseguiu recuperar as perdas: “Atividades como restaurantes, hotéis, serviços prestados à família de uma maneira geral e transporte de passageiros – seja o aéreo, o rodoviário e ou o metroviário – até mostraram melhoras, mas a necessidade de isolamento social ainda não permitiu o setor voltar ao patamar pré-pandemia”, explica Lobo. Outro destaque foi a atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares, com crescimento de 2,5%.

    Apesar das altas em novembro de todas as atividades, apenas serviços de informação e comunicação (0,5%) e de outros serviços (0,5%) já superaram o nível de fevereiro, impulsionados pelos bons desempenhos dos segmentos de tecnologia da informação e dos serviços financeiros auxiliares, respectivamente.

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    Queda anual

    Na comparação com novembro de 2019, o volume do setor de serviços recuou 4,8%, a nona taxa negativa seguida no indicador. Houve retração em três das cinco atividades de divulgação, com crescimento em pouco mais de um terço (35,5%) dos 166 tipos de serviços investigados.

    “Quando mudamos a base de comparação, a leitura é diferente, já que em 2019 não havia contexto de pandemia e recomendações como o isolamento social e o teletrabalho. Por isso, parte de uma base de comparação mais elevada”, diz Lobo, lembrando que a taxa de novembro é a segunda menos intensa da série de nove negativas, perdendo apenas para março (-2,8%), quando as restrições de locomoção começaram a ser implementadas.

     

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