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Serviços têm queda de 1,6% em abril com desaceleração em transportes

Na comparação anual, maior setor do PIB tem avanço de 6,8%, na 26ª taxa positiva consecutiva, mas com sinais de perda de fôlego

Por Larissa Quintino 15 jun 2023, 09h32

Os serviços, maior setor do PIB, tiveram um tombo em abril. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 15, pelo IBGE, as atividades recuaram 1,6% na comparação com março. Resultado pior que o estimado pelo mercado,  que previa um recuo de 0,5%. Frente a abril de 2022, o setor avançou 2,7%, 26ª taxa positiva consecutiva. No ano, o acumulado é de 4,8% e nos últimos 12 meses, os setores acumulam 6,8% de avanço.

A retração foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas. Assim como em março, o setor de transporte se destacou como a principal influência, porém, em abril, puxou o índice para o campo negativo. O grupamento caiu -4,4%, devolvendo parte do ganho acumulado (7,5%) entre fevereiro e março. “Vários segmentos de serviços dentro desse setor acabaram por gerar um impacto negativo: gestão de portos e terminais, transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros e transporte dutoviário. Esses segmentos tiveram importância no âmbito do volume de serviços como todo, ultrapassando a fronteira do próprio setor”, analisa Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

Os demais recuos vieram dos serviços de informação e comunicação (-1,0%), dos profissionais, administrativos e complementares (-0,6%); e dos outros serviços (-1,1%).

A única atividade em expansão do mês foram os serviços prestados às famílias (1,2%), que recuperaram parte da perda acumulada entre fevereiro e março (-2,2%). “O ganho nesse mês vem tanto de alojamento e alimentação (3,7%) como de outros serviços prestados às famílias (3,5%). Dentro desse segmento, a parte de atividades teatrais, musicais e de espetáculos em geral teve maior influência”, observa Lobo. 

O setor de serviços é o maior do PIB brasileiro e os resultados tem influência direta no crescimento do país. No primeiro trimestre, serviços avançou 0,6%, bem atrás do impressionante crescimento do agronegócio (21,6%), mas ajudando a sustentar o resultado da economia brasileira. No ano, o mercado financeiro estima que o PIB encerre em 1,84%, segundo o Boletim Focus desta semana.

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