O Ministério do Planejamento informou nesta segunda-feira que os saques de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) chegaram a 41,8 bilhões de reais até o dia 12 de julho. O montante equivale a 95% do dinheiro disponível para saque. A projeção inicial do governo era de que apenas 70% dos saques fossem efetivados.
“Mas já estamos chegando aos 100% de saques, cerca de 43,6 bilhões de reais”, avaliou o secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do ministério, Marcos Ferrrari.
O estudo apresentado pelo órgão mostra que a maioria dos recursos das contas inativas do FGTS foi utilizada para quitar dívidas (36%). O ministério alega ainda que a queda de 4,5% no uso do cheque especial em abril e a redução no uso do cartão de crédito de 15,7% para 5,7% no mesmo mês foram “impactos paralelos” da medida.
De acordo com o estudo, no período de liberação dos saques do FGTS, também houve aumento das vendas de varejo, em especial de supermercados, celulares e automóveis.
“Houve redução da inadimplência, do endividamento e do comprometimento de renda, além de aumento da confiança do consumidor e do comércio. Nota-se também aumento da captação líquida das cadernetas de poupança”, relaciona o documento.
O prazo para sacar o dinheiro das contas inativas do FGTS se encerra no dia 31 deste mês.