O Reclame Aqui encerrou a Black Friday deste ano com 3.503 reclamações, 17% a mais que na edição do ano passado.
De acordo com o site, especializado em queixas de consumidores, propaganda enganosa motivou 13,5% das reclamações. Problemas na finalização da compra atingiu 9,6% dos casos, e divergência de valores, 8,8%.
Em 2016, o site registrou 2.900 reclamações durante toda a edição, sendo que 22% das queixas foram de propaganda enganosa. Um ano antes, foram 4.400 queixas.
Durante a pesquisa, realizada das 18h de quinta (23) até a meia-noite de sexta (24), o Reclame Aqui recebeu também denúncias de consumidores sobre sites falsos, fretes abusivos e mais caros que os produtos, além de tempo de entrega muito grande.
O recorde de ocorrência nos cinco anos da Black Friday no Brasil ocorreu em 2014, quando o site recebeu 12 mil reclamações. O número de queixas caiu nas duas edições seguintes, voltando a crescer neste ano.
A loja online do Magazine Luiza liderou as queixas, com 263 reclamações. Atrás dela, ficou a Americanas.com, com 245 queixas. Na terceira posição, a Kabum! ficou com 173 ocorrências.
O que dizem as empresas
Procurado por VEJA, o Kabum! disse que o número de reclamação é “extremamente baixo”, que a Black Friday atrai em um dia o volume de clientes de um mês, e que reforçou o atendimento aos clientes estendendo o horário do serviço e com transmissão no YouTube para tirar dúvidas.
O Magazine Luiza informa que o Magalu tem uma equipe de 150 pessoas focada em responder às reclamações e questões. “Assim, todos os clientes foram atendidos e tiveram solução para suas reclamações.”
A rede diz ainda que o volume de queixas é absoluto, e não percentual ao total de vendas. “O Magazine Luiza recebe uma demanda altíssima de compras na Black Friday, com previsão da venda de mais de 500 mil itens. O app Magalu foi o mais baixado do Brasil, nesta quinta-feira (23) e sexta-feira (24).”
A Americanas Online disse que não iria se pronunciar.