A produção de veículos no Brasil, que tem crescido gradualmente desde 2017, depois de uma queda acumulada de cerca de 30% em 2015 e 2016, conseguiu chegar a março deste ano a um volume próximo ao do início da crise econômica. É o que mostra balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) nesta quinta-feira, 5.
Foram fabricadas 267,5 mil unidades no terceiro mês de 2018, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o maior volume mensal desde outubro de 2014, quando a recessão da economia dava seus primeiros sinais. O resultado representa crescimento de 13,5% em relação a igual mês do ano passado e de 25,3% na comparação com fevereiro.
Os volumes do primeiro trimestre também se aproximam do início da crise. De janeiro a março deste ano, a produção somou 699,6 mil unidades, um crescimento de 14,6% em relação ao resultado do primeiro trimestre do ano passado. O setor também superou as 663 mil unidades produzidas no primeiro trimestre de 2015. No entanto, ainda está longe de alcançar o resultado alcançado no primeiro trimestre de 2014, de 791,6 mil unidades.
Segmentos
Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 254,6 mil unidades fabricadas em março, avanço de 11,7% em relação a março do ano passado e de 25,1% ante o volume do mês anterior. No primeiro trimestre, a expansão é de 13,1%, para 668,3 mil unidades.
Entre os pesados, foram 9,9 mil caminhões produzidos no mês passado, alta de 67,1% ante igual mês de 2017 e de 28% sobre o volume de fevereiro. O segmento acumula aumento de 55,1% no ano até março, para 24,4 mil unidades.
No caso dos ônibus, as montadoras produziram 2,8 mil unidades no terceiro mês do ano, crescimento de 68% sobre o resultado de igual mês do ano passado e de 34,4% em relação a fevereiro. No ano, o segmento acumula alta de 67,4%, para 6,8 mil unidades.
Emprego
Com o aumento na produção em todos os segmentos, as montadoras têm aberto vagas de emprego. Só em março, 800 postos de trabalho foram criados pelo setor.
Considerando os últimos 12 meses, são 4.335 vagas a mais. Com isso, a indústria conta hoje com 131.221 funcionários, alta de 3,4% em relação ao nível de março do ano passado.