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Fundo de renda fixa termina 1º mês de operação com ganho de 1,3%

Para diretor da Mirae, país possui potencial para aumento do número de ETFs (Fundos Negociados em Bolsa)

Por Thaís Augusto Atualizado em 3 out 2018, 16h10 - Publicado em 3 out 2018, 12h27
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  • O primeiro ETF (Fundo Negociado em Bolsa, em tradução livre) de renda fixa do Brasil, lançado em setembro pela Mirae, terminou o primeiro mês de operação com uma rentabilidade de 1,3%. No primeiro mês de operação, o produto foi responsável por 22% do crescimento do número de investidores na categoria – que reúne, ao todo, 16 ETFs.

    Até o fim de setembro, as cotas do ETF de renda fixa haviam sido compradas por 175 investidores. Para aplicar, é necessário abrir uma conta em qualquer corretora de valores habilitada a operar na Bolsa. O investidor deve entrar na sua plataforma de negociação, conhecida como home broker, e pesquisar o código da ETF para acompanhar as movimentações e resgatar seus rendimentos.

    No mês, foram negociados 13 milhões de reais no ETF de renda fixa da Mirae. Para o diretor de Investimentos da Mirae Asset no Brasil, André Pimentel, o Brasil pode expandir seu leque de ETFs. Enquanto são mais de 5.000 em todo o mundo, o país tem apenas 16, sendo 15 de renda variável e apenas o da Mirae de renda fixa.

    Segundo a Mirae, esse tipo de aplicação oferece uma exposição a taxa de juros pré Fixada de 3 anos com rolagem semestral:  é como se o investidor comprasse um único ativo ao invés de ter que comprar diversos papéis ao longo do tempo, incorrendo em todos os custos a cada operação.

    Os ETFs de renda fixa são atrelados ao desempenho dos ativos de renda fixa, como o Tesouro Direto, que tornou-se uma das aplicações mais populares no Brasil, com rendimentos de 6,5% ao ano.

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    Uma das vantagens do novo fundo é a alíquota de Imposto de Renda de 15% sobre os rendimentos no momento do saque. “Em produtos semelhantes, a alíquota chega a 22,5% e o investidor só consegue o benefício dos 15% após dois anos”, explicou Pimentel.

    Sobre o ETF também não incidem o IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros) e o come-cotas, que é a cobrança antecipada de imposto de renda. A Mirae cobra taxa de administração de 0,30% ao ano sobre o montante investido.

    Qualquer pessoa pode começar a investir no fundo comprando uma cota por 10,13 reais (valor do fechamento de setembro). O investimento não necessita de uma gestão ativa porque reproduz índices de mercado.

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    No caso da Mirae, foi criado um índice personalizado, desenvolvido em conjunto com a S&P Dow Jones. “O índice utiliza, basicamente, a expectativa do mercado para a taxa de juros daqui a três anos”, contou Pimentel. “Caso a expectativa suba de forma relevante no mercado futuro ou caía, você tem a valorização ou desvalorização dessa cota”.

    Segundo Pimentel, se o mercado acreditasse que a taxa de juros seguiria estável até 2021, os investidores do ETF de renda fixa sofreriam perdas. “O que temos hoje, e já está precificado pelo mercado, é que o juros vão subir bastante, acima dos 12,6%. Se o Banco Central subir a taxa abaixo dessa média, há ganho na aplicação”.

    Os rendimentos do ETF estão sujeitos à volatilidade do mercado, que pode ser impactado por questões políticas e econômicas. Nesta quarta-feira, por exemplo, o dólar opera abaixo dos 4 reais após a divulgação de pesquisas eleitorais que mostram o candidato do PT, Fernando Haddad, perdendo força na corrida ao Planalto.

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