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Primeiro Copom após eleição de Bolsonaro deve manter Selic em 6,5%

Fraco desempenho da economia e elevado número de desempregados são principais motivos para não elevar a taxa básica de juros

Por Redação
Atualizado em 31 out 2018, 16h38 - Publicado em 31 out 2018, 09h10
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  • O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define nesta quarta-feira a nova taxa básica de juros da economia. A expectativa do mercado é que a Selic seja mantida em 6,5% ao ano.

    Se a previsão se confirmar, será a quinta reunião consecutiva do Copom que mantém a Selic no mesmo patamar – a taxa está em 6,5% desde março.

    Para o BTG Pactual, o cenário macroeconômico atual é compatível com a manutenção da taxa básica de juros em 6,5%, apesar de alguma pressão inflacionária. A projeção se apoia no fato da dificuldade dos setores da indústria e de serviços para se recuperarem das perdas causadas pela greve dos caminhoneiros, que paralisou o país em maio.

    O banco alerta também para o fato de que as vendas no varejo ainda se recuperam lentamente e que a recuperação do emprego se dá mais por postos de trabalho com menor remuneração e mais inseguros.

    Em relação à inflação, um dos parâmetros analisados pelo Copom na hora de decidir a Selic, o BTG diz que a pressão sobre preços causada pelos combustíveis deve ser revertida pela queda da cotação do petróleo no mercado internacional e fortalecimento da taxa de câmbio.

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    A Guide e H.Commcor também apostam na manutenção da Selic em 6,5%. “A atividade tem avançado mais do que o antecipado, sendo que o PIB pode crescer mais no terceiro trimestre em parte por conta dos efeitos da flexibilização do PIS/Pasep, mas o nível de ociosidade permanece alto. Por fim, os modelos de projeção do BC indicam que o IPCA subirá apenas 4% em 2019, considerando-se taxas constantes de Selic e câmbio”, afirma relatório matinal da Guide Investimentos.

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,48% em setembro depois de variação negativa de 0,09% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a leitura mais alta para o mês de setembro desde 2015 (+0,54%). Com isso, a inflação acumulada em doze meses acelerou para 4,53%, superando o centro da meta – de 4,50%, com margem de 1,5 ponto porcentual para mais ou menos.

    O último boletim Focus, divulgado pelo BC, mantém a previsão da Selic em 6,5%. Para 2019, a previsão é que a taxa fique em 8%.

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