O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, ficou praticamente estável em agosto, acelerando 0,08% no mês. O resultado ficou próximo dos 0,09% registados em julho. Essa é a menor taxa para o mês desde 2010, quando o índice ficou em -0,05%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda do preços dos combustíveis, em 1,70% no mês, pressionou o grupo de transportes para baixo (-0,78%), puxando o índice para baixo. Também tiveram queda as passagens aéreas (-15,57%), além dos grupos de Alimentação e Bebidas (-0,17%) e Saúde e Cuidados Pessoais (-0,32%).
Por outro lado, a maior influência positiva veio do grupo Habitação (1,42%), com destaque para a energia elétrica (4,91%), que registrou sua sétima alta mensal consecutiva. A bandeira tarifária passou da amarela (1,50 reais para cada 100 quilowatts-hora) para a vermelha ( 4 reais), influenciando aumentos em todas as áreas pesquisadas. Também houve reajustes no gás encanado (0,20%) e na água e esgoto (1,01%).
A queda registrada no grupo de Alimentação e Bebidas (-0,17%) se deveu especialmente à alimentação no domicílio, que caiu 0,45%. Entre os alimentos que ficaram mais baratos no mês estão o tomate (-14,79%), a batata-inglesa (-15,09%), as hortaliças (-6,26%) e o feijão carioca (-5,61%).
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,51% e, em 12 meses, de 3,22%. O índice é abaixo da meta da inflação estipulada pelo governo em 2019, de 4,25%, mas dentro da margem de erro de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, entre 2,75% e 5,75%.