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Presidente do BC prevê estabilidade ou ligeira alta do PIB no 2º tri

Em Comissão do Senado, presidente do Banco Central também fala em "alguma aceleração" à frente e sinaliza novos cortes na Selic

Por da Redação
Atualizado em 27 ago 2019, 13h11 - Publicado em 27 ago 2019, 12h34
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  • O Banco Central estima que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha ficado estável ou crescido ligeiramente no segundo trimestre deste ano, segundo afirmou o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, nesta terça-feira, 27. Segundo ele, a expectativa é de “alguma aceleração” nos trimestres seguintes. O resultado oficial do período será divulgado na quinta-feira 29 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    “Com base nos dados disponíveis, estimamos que o PIB tenha ficado estável ou crescido ligeiramente. Para os trimestres seguintes esperamos alguma aceleração, que deve ser reforçada pelo efeito da liberação de recursos do FGTS e PIS-Pasep”, disse ele durante a participação em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

    No primeiro trimestre do ano, a economia brasileira recuou 0,2% em comparação aos três meses anteriores. Caso o resultado do IBGE venha novamente negativo, o país entra na chamada recessão técnica.

    A mais recente estimativa do Boletim Focus, relatório semanal divulgado pelo BC, prevê que o PIB do país terá alta de 0,8% em 2019. O governo projeta crescimento de 0,81%.

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    Em audiência pública, Campos Neto também reforçou a mensagem já dada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião de que “a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo monetário”, disse ele. O colegiado reduziu a taxa básica de juros do país, a Selic, em 0,5 ponto percentual em sua mais recente reunião, de 6,5% para 6%, renovando sua mínima histórica. A mais recente estimativa do Boletim Focus projeta que a Selic deve terminar o ano a 5%. A próxima reunião do Copom será no dia 18 de setembro.

    Sobre a inflação, ele lembrou que, após o pico de 10,7% em 2015, o valor atual em doze meses está em 3,22%. “Diversas medidas de inflação subjacente se encontram em níveis confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. As expectativas de inflação permanecem ancoradas em torno das metas”, enfatizou. No momento, a expectativa do mercado é encerrar o ano em 3,65%, valor abaixo do centro da meta da inflação, definida em 4,25% pelo Conselho Monetário Nacional. A taxa, no entanto, está dentro da margem de erro, que é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima (2,75% a 5,75%).

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    Cenário para crescimento

    Campos Neto disse ainda que o cenário externo se mostra benigno, em decorrência das mudanças de política monetária nas principais economias. Ele avaliou ainda que há uma janela de oportunidade para os países que aprovarem reformas econômicas. Além do Brasil, diversos países, como México e Estados Unidos, também cortaram juros.

    O presidente do BC ponderou, no entanto, que os riscos de uma desaceleração da economia mundial permanecem. “As incertezas sobre políticas econômicas e de natureza geopolítica – notadamente as disputas comerciais e tensões geopolíticas – podem contribuir para um crescimento global ainda menor”, afirmou ele.

    Aos senadores, Campos Neto disse também que o grau de risco da economia brasileira percebido por agentes de mercado já é compatível com uma melhoria da nota do país pelas agências de avaliação de risco. “O alívio nas condições financeiras internacionais tem se mostrado uma janela de oportunidade para países que seguem o caminho das reformas, e vejo que estamos aproveitando essa janela”, disse ele.

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    (Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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