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Preocupação atual do mercado com a economia é ‘coisa menor’, diz Guedes

Ministro afirma que confia na aprovação da reforma da Previdência e conta com a liderança do presidente da Câmara para que o texto passe na Casa

Por Da redação
17 Maio 2019, 18h32

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 17, que a preocupação do mercado com a economia é “coisa menor” e disse que a projeção do crescimento esperado para este ano melhorará com a aprovação da reforma da Previdência. que o crescimento não está caindo. “O que me interessa é a marcha principal, que segue firme”, disse ele, ao discursar em evento no Rio de Janeiro. “Investimentos privados internos e externos estão todos segurando o fôlego (à espera da reforma da Previdência)”,  afirmou. 

Nesta semana, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), do Banco Central, apontou queda de 0,68% no primeiro trimestre. O indicador serve como uma prévia informal do Produto Interno Bruto (PIB), que será divulgado no próximo dia 30. A previsão veio de encontro com a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que indica queda no PIB. O próprio ministro, durante audiência pública no Senado disse que o governo já trabalha com crescimento de 1,5% na economia em 2019, contra 2,7% que era a expectativa anterior. A revisão, segundo Guedes, se deve a piora da aprovação da reforma da Previdência.

 

O pessimismo com o mercado financeiro fez com que dólar atingisse o maior valor em oito meses nesta semana. Nessa sexta, a moeda fechou o dia vendida a 4,101, alta de 1,61%, valor mais alto desde setembro do ano passado. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, passou a operar aos 89.992 pontos, com queda de 0,04% menor valor do governo Bolsonaro, renovando a mínima atingida na véspera, aos 90.024 pontos.

Previdência

Discursando ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Economia se disse confiante na “liderança” do parlamentar para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional. “Estamos muito confiantes na liderança dele lá na Câmara dos Deputados. E no apoio político que estamos recebendo”, afirmou Guedes, no Rio.

No discurso, o ministro voltou a afirmar que precisa que o impacto fiscal da reforma da Previdência a ser aprovada seja de pelo menos 1 trilhão de reais em dez anos para lançar um novo sistema previdenciário de capitalização. A proposta enviada pelo governo federal prevê impacto fiscal em torno de 1,2 trilhão de reais em dez anos.

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Segundo Guedes, um sistema de capitalização na Previdência, que ele chamou de “poupança garantida” mais de uma vez, colocaria o país para crescer, ao atrair investimentos internos e externos. Em sua defesa da capitalização, Guedes disse que o “medo” com o custo de transição para o novo sistema é “baseado em uma falsa premissa”, de que todos os trabalhadores migrariam. “Não e verdade, não são todos. (A capitalização) é só para os jovens.”

Na defesa da capitalização, o ministro chegou a chamar a atual proposta de reforma da Previdência de “primeira reforma”. “Essa primeira reforma é importante, é a parede que segura o teto fiscal”, disse Guedes, referindo-se à regra do limite de gastos públicos.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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