O brasileiro paga, em média, R$ 3.587 ao ano por um seguro automotivo. Mas, dependendo da região do Brasil, o valor varia entre R$ 8.720 e R$ 2.932.
No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, o valor médio do seguro é 28% maior que em São Paulo, aponta pesquisa realizada a partir de 2,3 milhões de cotações de seguros pela TEx, empresa de tecnologia para corretoras e seguradoras. Os fluminenses gastam R$ 4.187 ao ano, enquanto os paulistas pagam R$ 3.273, valor abaixo da média nacional.
De acordo com Emir Zanatto, diretor de operações da TEx, a diferença de valor se deve à violência do Rio, que aumenta o índice de sinistralidade. “A variável de maior impacto no estado é o roubo. Há seguradoras, inclusive, que recusam o serviço dependendo da região em que o motorista for utilizar o veículo”, explica.
Coordenador da Escola Nacional de Seguros, José Antônio Varandas recorda que o valor das apólices em algumas regiões do Rio de Janeiro tiveram 37% de redução quando as UPPs (Unidades Pacificadoras) foram instaladas — há uma década. “Mas, com a ineficiência do projeto, em dois meses, os seguros retornaram ao preço tradicional”, diz o professor.
Seguro triplicado
A maior diferença em valor de apólices, contudo, fica entre Santa Catarina e Roraima, dois extremos do Brasil, de acordo com o estudo da TEx. Enquanto no estado sulista o valor médio do seguro custa 2.932 reais, no outro, o preço é quase o triplo: 8.720 reais.
Segundo Zanatto, o alto preço se deve ao baixo volume de veículos segurados em Roraima, “que reduz a diluição de gastos de cada sinistro no estado e, desta forma, aumenta os custos da seguradora.”
Em Santa Catarina, por outro lado, o índice de sinistros é baixo e os motoristas costumam contratar seguro para seus veículos.