A pesquisa semanal de preços de combustíveis divulgada nesta segunda-feira 4 pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostra que os postos subiram os preços da gasolina, etanol e diesel, e obtiveram margens de lucro consideráveis com a sua revenda durante o período de greve de caminhoneiros.
As paralisações, que tomaram conta de todas as estradas do país, iniciaram-se no dia 20 de maio e se estenderam até o dia 31. Por causa do desabastecimento, o número de postos pesquisados pela ANP também diminuiu.
De acordo com os dados divulgados, o preço da gasolina foi o que mais subiu entre os dias 20 de maio e 2 de junho. Na média, o litro do combustível ficou 7,7% mais caro nas bombas. A margem média de revenda dos postos – um dos itens que compõem o preço final do produto e representa o lucro do estabelecimento por litro vendido – para a gasolina subiu 52% em duas semanas. Na semana entre 13 e 19 de maio, os estabelecimentos cobravam 41 centavos de margem própria por litro. Esse valor subiu para 62 centavos entre os dias 27 de maio e 2 de junho.
Outro combustível que encareceu bastante durante a greve foi o etanol, apontam os dados da ANP. Em duas semanas, o litro subiu de 2,78 reais para 2,95 reais, uma variação de 6,07%. Nesse caso, a margem de revenda dos postos subiu 19%, de 43 para 51 centavos por litro vendido.
Já o preço do litro do diesel, combustível que esteve no epicentro das reivindicações dos caminhoneiros, subiu 6,48% nas últimas duas semanas. A margem de comercialização dos postos foi de 13%, o que representa 4 centavos a mais de lucro por litro de diesel vendido.
O aumento das margens de revenda para o consumidor significa que os postos ganharam mais por litro de combustível vendido. Mas, em virtude da greve e do desabastecimento de combustíveis, os estabelecimentos também venderam menos litros.