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Por que o FMI vê o Brasil em crescimento, mas em ritmo menor que o global

Suporte fiscal acima do esperado puxa projeção para 1,2%; preços menores das commodities afetam estimativa tanto do país quanto da América Latina

Por Larissa Quintino Atualizado em 31 jan 2023, 10h05 - Publicado em 31 jan 2023, 09h56
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  • Índices econômicos
    PIB brasileiro deve avançar 1,2% (thiagonori/Getty Images)

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a perspectiva de crescimento do Brasil. Segundo o relatório World Economic Outlook (WEO), divulgado na noite de segunda-feira, a economia aqui deve crescer 1,2%, aumento de 0,2 ponto percentual em relação à projeção feita em outubro. Apesar disso, a previsão para a economia brasileira é mais baixa que a média mundial, de 2,9%, e dos países emergentes, de 4%.

    O fundo destacou um “suporte fiscal” maior do que o esperado no país para justificar a revisão para cima do PIB brasileiro. Em 2022, o governo de Jair Bolsonaro adotou medidas de incentivo fiscal, como a redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações, além de corte de impostos federais, o que ajudou o consumo. No início deste ano, o governo de Lula renovou até fevereiro desoneração de tributos federais sobre a gasolina e até o final deste ano a taxação sobre diesel e gás. O novo governo também conseguiu a aprovação da PEC de Transição, que abriu espaço no teto de gastos para, entre outras medidas, estender o pagamento do Bolsa Família em 600 reais. A projeção do FMI é superior à do mercado financeiro brasileiro. Segundo o Boletim Focus desta semana, os analistas estimam que o PIB avance 0,8% neste ano.

    Além do “suporte fiscal”, o FMI destaca uma resiliência inesperada na demanda doméstica, crescimento maior do que o esperado nos principais parceiros comerciais, condições que também elevam a projeção da economia do México, que teve crescimento previsto de 1,7%, 0,5 ponto acima do projetado anteriormente. 

    Apesar da revisão de Brasil e México, o FMI destaca que a economia da América Latina deve crescer menos. Segundo o fundo, o principal ponto para o crescimento mais lento que as outras regiões são os preços mais baixos de commodities. 

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    Inflação

    O Fundo Monetário avalia  que o aperto monetário contra a inflação começa a dar algum resultado no cenário mundial, com demanda menor e alta dos preços. O fundo cita o Brasil, com uma taxa de juros na casa dos 13,75% ao ano, como um dos países que concluíram a trajetória de aperto monetário. Por aqui, o Banco Central iniciou a revisão da taxa básica de juros já no começo de 2021, enquanto outros países esperaram até meados de 2022 para medidas mais contracionistas nos juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne entre esta terça-feira, 31, e quarta-feira, 1º, para uma decisão sobre a manutenção ou não da Selic.

    “Os processos levaram os bancos centrais a aumentar as taxas de juros mais rapidamente do que o esperado, em especial nos Estados Unidos e zona do euro, e a sinalizar que as taxas permanecerão elevadas por mais tempo. O núcleo da inflação está em declínio em algumas economias que completaram seu ciclo de aperto – como o Brasil”, afirma o FMI no relatório.

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