A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de reduzir ontem a taxa Selic para 8,25% ao ano afeta diretamente a remuneração das cadernetas de poupança. A rentabilidade da poupança cai toda vez que a Selic estiver igual ou inferior a 8,5% ao ano, situação atual.
Com a redução da Selic, a poupança passa a render agora 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR) – equivalente a 5,77% mais TR. A remuneração anterior era de 6,17% mais TR.
A regra foi criada em 2012, no governo de Dilma Rousseff, para tornar a poupança menos atrativa que outros investimentos em períodos de juro baixo, pois ela já é isenta de Imposto de Renda.
Mesmo rendendo menos, Reinaldo Domingos, do canal Dinheiro à Vista, diz que a poupança ainda é uma opção importante de investimento para o brasileiro. Entre suas vantagens estão a liquidez, segurança, além de ser isenta de taxas de administração e Imposto de Renda.
Segundo ele, o investidor não deve se basear apenas na rentabilidade na hora de decidir onde vai aplicar seu dinheiro. Domingos sugere que o investidor primeiro defina o prazo em que pretende resgatar o dinheiro aplicado.
Para aplicações de curto prazo (até um ano), Domingos diz que a poupança segue como boa opção. Para quem não precisa mexer no dinheiro por até dez anos, Domingos sugere aplicações em Tesouro Direto, CDB, Fundo de Investimentos, Título do Tesouro e ouro. As opções para prazos superiores a dez anos são Tesouro Direto, previdência privada e ações. Domingos sugere que o investidor tenha uma reserva extra para imprevistos.
Cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) mostram que a vantagem da poupança para os fundos depende da taxa de administração e do tempo de resgate. Ela é mais atrativa do que fundos com taxa de 1% se o dinheiro for resgatado em até seis meses. Entre seis meses e um ano, eles empatam. Acima de seis meses, o fundo é melhor.