Os planos de saúde de assistência médica perderam 696.221 beneficiários em um ano, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgados nesta terça-feira. O número caiu de 48 milhões em agosto de 2016 para 47,3 milhões no mesmo mês deste ano. Os valores indicam a quantidade de contratos de planos de saúde, e não de clientes – uma mesma pessoa pode ser coberta por um plano familiar e outro da empresa.
Apesar da queda em um ano, o número de beneficiários aumentou em 69.102 na comparação com o mês de julho. Para o diretor da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Pedro Ramos, a perspectiva é de que o ano encerre com uma estabilidade no número de beneficiários, após uma queda de cerca de 3 milhões nos últimos 3 anos. Um dos fatores para a redução foi a retração no mercado de trabalho.
Em relação aos planos de saúde odontológicos, houve crescimento de 1,5 milhão de beneficiários em um ano. O total passou de 21,2 milhões para 22,7 milhões entre agosto de 2016 e o mesmo mês deste ano.
O diretor da Abramge estima que a retomada no crescimento e mudanças nas regras para os planos de saúde, como a permissão de que operadoras ofereçam planos com menos cobertura que os atuais permitirão a recuperação de 500 mil beneficiários de planos médicos em 2018. A medida, criticada por entidades médicas, recebeu parecer positivo da ANS e aguarda aprovação técnica da agência. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, os planos populares podem começar a ser vendidos até o fim do ano.