O valor de contratos futuros de petróleo operavam em queda nesta terça-feira, 16, após a disparada nos preços na véspera. Os ataques de sábado a refinarias da Arábia Saudita provocaram um grande choque sobre a oferta em um mercado que nos últimos meses se preocupava com a demanda e com o crescimento global fraco. O petróleo chegou a subir 15% na segunda-feira, atingindo pico de 19% de alta.
O petróleo Brent recuava 5,2%, a 64,50 dólares por barril, às 12:14 (horário de Brasília). O índice de petróleo dos Estados Unidos (WTI) caía 4,6%, a 59,06 dólares por barril.
A apreensão do mercado se dá por causa da ameaça de retaliação após os ataques sobre instalações de petróleo da Arábia Saudita que reduziram pela metade a produção do país e provocaram um aumento de preços que não era visto há décadas.
Não foi dado um cronograma específico para a retomada da produção total do país, que é o maior exportador de petróleo do mundo e, geralmente, o fornecedor de última instância. O ministro da energia saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, fará uma entrevista coletiva às 14h (horário de Brasília).
“Todos os olhares estarão voltados para a coletiva de imprensa saudita”, disse Samuel Ciszuk, sócio fundador da ELS Analysis, de Estocolmo. “Precisamos de uma avaliação adequada dos danos, e então precisamos ver um plano de recuperação. Antes disso, não sabemos realmente quanto petróleo ficará fora (do mercado) e por quanto tempo, e essa é a pergunta básica que as pessoas têm feito desde sábado”, completou.
(Com Reuters)