A Petrobras registrou em 2018 lucro líquido de 25,8 bilhões de reais, configurando seu primeiro resultado positivo após uma série de quatro anos consecutivos de perdas que teve início com o escândalo investigado pela Operação Lava Jato em 2014, informou a companhia nesta quinta-feira. Também foi o melhor resultado da estatal desde 2011.
O avanço ocorre após a petroleira ter apresentado prejuízo líquido de 446 milhões de reais em 2017, segundo relatório financeiro da empresa.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no ano passado somou 114,8 bilhões de reais, ante 76,5 bilhões de reais em 2017.
Quarto trimestre
Entre outubro e dezembro de 2018, a empresa reportou lucro líquido de 2,1 bilhões de reais, ante prejuízo de 5,5 bilhões de reais nos últimos três meses de 2017. Nos três meses imediatamente anteriores, a empresa havia reportado lucro líquido de R$ 6,6 bilhões, conforme os números atribuíveis aos acionistas.
De acordo com a petroleira, a queda no lucro líquido na comparação trimestral decorreu das menores margens nas vendas de derivados e ao impacto dos itens especiais. “Excluindo o impacto dos itens especiais, o lucro líquido seria R$ 8,035 bilhões e Ebitda ajustado R$ 31,020 bilhões”, apontou a empresa.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 29,160 bilhões no quarto trimestre, alta de 124,5% ante os R$ 12,986 bilhões em igual período de 2017. Ante os três meses imediatamente anteriores, a variação foi negativa em 2%.
No acumulado do ano, o Ebitda ajustado totalizou R$ 114,852 bilhões, alta de 50% ante os R$ 76,557 bilhões de 2017, como resultado das maiores margens nas vendas de derivados no mercado doméstico e das exportações, acompanhando o aumento do Brent.
A margem Ebitda ajustada ficou em 31% no último trimestre do ano passado, ante 30% nos três meses imediatamente anteriores e 17% em igual período de 2017.
A receita líquida somou R$ 92,720 bilhões no quarto trimestre de 2018, alta de 21% na comparação com os R$ 76,512 bilhões nos últimos três meses de 2017, mas queda de 6% frente ao período imediatamente anterior.
No ano, a receita de vendas totalizou R$ 349,836 bilhões, aumento de 23%, refletindo os maiores preços dos derivados no mercado interno, principalmente diesel e gasolina e das exportações, acompanhando o aumento de 31% da cotação do Brent e a depreciação de 14% do real. Apesar do maior volume de vendas de diesel, houve queda no volume total das vendas de derivados no mercado interno em 3% e nas exportações em 10%, em função da menor produção de óleo.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)