A Petrobras anunciou alta de 5,74% no preço do diesel nas refinarias a partir desta sexta-feira, 12. Os valores foram de 2,1432 reais para 2,2662 reais por litro, conforme tabela disponível no site da empresa. É o primeiro reajuste desde 22 de março e o maior valor do combustível desde 27 de outubro do ano passado, quando era cotado a 2,3606 reais por litro.
No mês passado, a Petrobras, a pedido do governo diante de ameaça de greve dos caminhoneiros, estendeu o prazo de reajuste do combustível. A companhia se comprometeu a não fazer reajustes inferiores a 15 dias. Anteriormente, a empresa adotava uma política de mantê-los estáveis por curtos períodos de tempo de até sete dias. O custo na refinaria corresponde a cerca de 54% dos preços que chegam ao consumidor final.
Segundo a petroleira, ela continuará a utilizar mecanismos de proteção, como o hedge com o emprego de derivativos, cujo objetivo é preservar a rentabilidade de suas operações de refino.
A Petrobras tem informado que sua política de preços busca a paridade de importação, tendo como referência indicadores internacionais como câmbio e petróleo, em busca de rentabilidade. Eventuais perdas com a manutenção dos preços seriam evitadas com hedge.
A estatal manteve sem alteração o preço médio do litro da gasolina nas refinarias à 1,9354 reais. O hedge da gasolina, que passou a ser adotado em setembro de 2018, permite à empresa manter os valores estáveis nas refinarias por também até 15 dias.
O repasse das alterações nos preços dos combustíveis aos consumidores finais depende de uma série de fatores, como impostos, margens dos distribuidores e revendedores e misturas de biocombustíveis.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)