Pedidos de seguro-desemprego voltam a cair nos EUA
Indicadores antecipam otimismo sobre uma melhoria no mercado de trabalho americano e reforçam expectativa sobre retirada de estímulos pelo Fed
Após três semanas consecutivas de alta, os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos finalmente caíram na última semana: 326 mil pessoas solicitaram o auxílio desemprego, abaixo da previsão dos economistas da Bloomberg de 348 mil e menores que os dados da semana anterior, quando 364 mil pessoas pediram o auxílio. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira, 7, pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.
No início de setembro, essas solicitações atingiram o menor patamar desde o início da pandemia, mas vinham crescendo desde então e aumentando as preocupações de que a variante delta do coronavirus e a desaceleração global poderiam reverter a recuperação da economia americana após a Covid-19. Os números divulgados hoje, porém, foram positivos e dissiparam essas preocupações.
Esses indicadores são boas pistas sobre como virá o payroll de setembro, os números sobre o emprego americano que são fundamentais para ditar o rumo das políticas de estímulo do Federal Reserve Bank. A expectativa é que, com a boa recuperação das vagas de trabalho nos Estados Unidos, o banco central americano irá reduzir o ritmo de injeção de dólares na economia por meio de compra de títulos públicos nas próximas reuniões, bem como subir a taxa de juros já no final de 2022 ou início de 2023.
Na quarta-feira, 6, o ADP Research Institute em parceria com a Moody’s Analytic já trouxe otimismo sobre os indicadores de emprego que serão divulgados amanhã. A pesquisa é considerada a principal prévia do payroll e apontou que de agosto a setembro foram criadas 568 mil vagas de trabalho no setor privado, bastante superior à previsão dos economistas da Bloomberg, que estimaram 428 mil vagas, e maiores que o número divulgado no mês anterior, de 340 mil postos de trabalho.
A expectativa é que, com a boa recuperação das vagas de trabalho nos Estados Unidos e outros indicadores que apontam melhoria na economia, o banco central americano poderá reduzir o ritmo de injeção de dólares na economia por meio de compra de títulos