O presidente Michel Temer bateu o martelo e confirmou neste domingo a indicação do até então ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, para a pasta de Minas e Energia. A indicação do ministro configura uma solução caseira para uma disputa em torno do Ministério de Minas e Energia entre os senadores Edison Lobão (MA) e Eduardo Braga (AM), que já ocuparam o posto e queriam a vaga. Ambos, no entanto, são contrários à privatização da Eletrobras, e tiveram suas indicações vetadas pelo Planalto.
A escolha de Moreira Franco (MDB-RJ) para assumir o Ministério de Minas e Energia é positiva para os planos do governo de privatizar a Eletrobras, disse o presidente da elétrica estatal, Wilson Ferreira. “Ele é comprometido com o projeto (de desestatização). Acho ele bom. O Moreira tem importância política e poder para mover a privatização”, afirmou Ferreira, ao ser questionado sobre a substituição na pasta, após o ex-titular Fernando Coelho Filho deixar o cargo para disputar eleições.
O presidente da Eletrobras disse ainda que segue no cargo e comprometido com a modernização da companhia. “Tenho muito trabalho em curso E aposto que vamos ter condições de seguir com o projeto maior, que é o da democratização do capital (privatização) da Eletrobras”, adicionou.
Na Secretaria Geral da Presidência, Moreira foi responsável pela coordenação do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), que toca as concessões e privatizações, e deve herdar o processo da Eletrobras e o leilão do pré-sal, duas ações consideradas cruciais para o governo este ano.
A indicação também garante por mais algum tempo o foro privilegiado do ministro, já que sua nomeação para a Secretaria Geral é alvo de questionamento no Supremo Tribunal Federal (STF).