A Oi informou ter protocolado na última quarta-feira uma nova versão de seu plano de recuperação judicial à 7ª Vara Empresarial do Rio. A data era o último dia para a empresa de telecomunicações apresentar o documento a tempo de ser apreciado na Assembleia Geral de Credores (AGC) marcada para o dia 23 de outubro.
Criada para ser a “supertele nacional” – e fazer frente a gigantes como a espanhola Telefônica/Vivo, a mexicana América Móvil (Claro e Embratel) e a italiana Tim -, a Oi se tornou protagonista do maior processo de recuperação judicial do país, com dívida de 65,4 bilhões de reais e 55.000 credores.
A apresentação da terceira versão do plano foi alvo de intensas negociações entre credores, diretoria, acionistas e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Ativos
Os ativos da Oi valem 40,8 bilhões de reais, mas o valor pode cair para menos da metade se a endividada operadora de telecomunicações for forçada a vendê-los apressadamente, de acordo com auditoria apresentada nesta quinta-feira.
A auditora Ernst & Young LLP estimou que uma liquidação forçada dos ativos mantidos pela Oi e por subsidiárias incluídos em seu processo de recuperação judicial teria valor de 17,9 bilhões de reais, segundo documento enviado ao mercado. O montante cobriria menos de 30% das dívidas listadas pela companhia no acordo de recuperação.
Os números ressaltam as dificuldades para se encontrar uma solução para os problemas da companhia, cujo processo de recuperação judicial foi iniciado em junho de 2016.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)