Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

O recado de Rodrigo Pacheco sobre a privatização da Petrobras

Presidente do Senado diz que desestatização da petroleira é complexa e que não há tempo para efetuar estudos e levar o tema ao plenário antes das eleições

Por Felipe Mendes Atualizado em 17 Maio 2022, 10h09 - Publicado em 12 Maio 2022, 15h46
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O anúncio de interesse na privatização da Petrobras por parte do governo não agradou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Por mais que defenda uma agenda de reformas estruturantes, sendo a desestatização da petrolífera um caminho para o aumento da competitividade e a diminuição dos preços no setor de óleo e gás do país, Pacheco sabe que discutir algo tão complexo e divisor de opiniões a poucos meses de uma eleição presidencial é um completo desatino. “Eu acho importante que tenhamos um estudo aprofundado sobre possibilidades relativamente à Petrobras. Mas não considero que esteja no radar ou na mesa de discussão neste momento a privatização da empresa porque o momento é muito ruim para isso”, disse ele, nesta quinta-feira, 12.

    A discussão ganhou força após a nomeação de Adolfo Sachsida como ministro de Minas e Energia. Ele afirmou que pedirá estudos ao governo sobre uma eventual privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) – estatal responsável por gerir os contratos da União no pré-sal. Ex-secretário do Ministério da Economia, Sachsida disse, ainda, que tem “o aval e o apoio de 100%” do presidente Jair Bolsonaro para tal função. Sabe-se que o governo tenta viabilizar a privatização da PPSA desde 2019, mas, em relação à Petrobras, a complexidade da operação deverá levar a anos de estudos sobre o tema — portanto, não seria algo que aconteceria neste governo.

    Pacheco sabe disso e ponderou a situação para uma eventual privatização da Petrobras. “Essa definitivamente não é uma solução de curto prazo. Não se tem compreensão nem se é uma solução de médio e longo prazos. Estudos podem ser feitos, é o papel do ministro fazer todos estudos necessários. Mas entre o estudo e a realidade de concretização disso há uma distância muito longa e da qual o Congresso Nacional não se apartará”, acrescentou.

    Continua após a publicidade

    Segundo ele, apesar do momento difícil causado pelo aumento dos combustíveis e dos ganhos da estatal com a valorização do petróleo, é preciso reconhecer que a Petrobras é um “ativo nacional, que é uma empresa bem-sucedida no nosso país e que precisa ser valorizada”. Em busca de uma solução para a alta dos preços da commodity, que resulta em uma reação em cadeia para a inflação do país, o presidente do Senado também defendeu que seja feita uma reunião de governadores para que o tema seja discutido como cada ator envolvido no processo pode contribuir para a contenção dos aumentos nos preços dos combustíveis. “Não há vilão ou mocinho nessa história. Temos de encontrar os caminhos que sejam possíveis e que possam não sacrificar os estados, a União ou a Petrobras. Ninguém quer sacrifício absoluto de ninguém a ponto de inviabilizá-los, mas todo mundo quer a colaboração de todos”, declarou.

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.