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O duro recado de Tebet a Campos Neto sobre corte nos juros

Ministra do Planejamento defendeu a convocação de presidente do Banco Central ao Senado caso Selic se mantenha em 13,75% ao ano na próxima reunião

Por Felipe Mendes Atualizado em 27 jun 2023, 14h02 - Publicado em 27 jun 2023, 13h39
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  • A ministra do Planejamento, Simone Tebet
    A ministra do Planejamento, Simone Tebet - 28/03/2023 (Diogo Zacarias/MF/Divulgação)

    A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, subiu o tom contra o Banco Central para defender a queda da taxa de juros. Nesta terça-feira, 27, a ministra disse esperar que a Selic seja reduzida na próxima reunião e, caso contrário, defendeu a convocação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, ao Senado, para prestar esclarecimentos sobre as decisões de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) da autarquia optou pela manutenção da taxa de juros a 13,75% ao ano em reunião realizada na última semana, mas deixou aberta a possibilidade de ajuste futuro no encontro a ser realizado em agosto na ata divulgada nesta terça.

    Não é a primeira vez que Tebet e outros políticos que orbitam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamam do patamar dos juros após reunião da autarquia. A ministra ironizou o tom da ata divulgada nesta terça, onde a autarquia deixa mais clara a sinalização de corte da Selic na próxima reunião. “A impressão que eu tenho, já não é de agora, é que o comunicado é feito por um órgão e a ata por outro. Porque vem um comunicado ‘hard’ e a ata é ‘soft’. Não dá para entender. Por que estressar o Brasil, criar atritos desnecessários?”, disse Tebet a jornalistas após o lançamento do Plano Safra no Palácio do Planalto, em Brasília.

    “A ata reconhece que o Brasil está no caminho certo, que a política econômica está acertada. Nós não estamos plantando só sementes, a ata mostra que nós estamos plantando segurança jurídica, previsibilidade, garantindo projeção muito clara para o futuro.” A ministra enfatizou que a economia “vive de expectativa” e conjecturou que o corte, ainda que modesto, vai “permitir que nosso setor produtivo possa planilhar seus custos e fazer projeções de investimentos a médio prazo”.

    Caso a redução no atual patamar não aconteça, o que somente se justificaria em cenário de descontrole da inflação do país, Tebet defendeu que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado convoque Campos Neto para prestar esclarecimentos – a Selic se mantém em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado. “Eu, me despindo por dois minutos da minha função de ministra e voltando ao momento em que fui senadora, em um caso desse, convocaria o presidente do BC”, afirmou, ponderando na sequência: “Mas não acredito que vai ser necessário”.

    Na quinta-feira, Tebet tem um encontro frente a frente com Campos Neto. Ela, o presidente do BC e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). A reunião versará sobre a meta de inflação para 2026 e possível revisão da meta de 2024 e de 2025, em 3% ao ano. O presidente Lula defende um aumento da meta inflacionária, enquanto o Banco Central argumenta sobre a manutenção da política atual.

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