O número de trabalhadores no Brasil que estão associados a algum sindicato caiu para 14,4% e atingiu a menor taxa em seis anos. Os dados, divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são de 2017.
De acordo com o levantamento, a maioria dos trabalhadores sindicalizados são do setor público (27,3%). Em seguida, aparecem os empregados do setor privado com carteira assinada (19,2%).
A reforma trabalhista, que estabeleceu como opcional a contribuição sindical, não influenciou os dados do IBGE – a lei entrou em vigor apenas em novembro de 2017, quando a maior parte do levantamento do órgão já estava concluída.
Segundo o IBGE, os trabalhadores por conta própria registraram uma das maiores quedas de taxa de sindicalização na série histórica, de 11,3% em 2012 para 8,6% em 2017.
Entre 2015 e 2016, houve uma redução de 7,4% no número de trabalhadores sindicalizados. “Metade da perda no contingente de sindicalizados foi proveniente da indústria geral”, destaca o IBGE. No ano passado, mesmo a discreta recuperação do emprego não interrompeu a redução da sindicalização: a queda foi de 3,2% na comparação com 2016.
Entre 2016 e 2017, apenas o Centro-Oeste teve recuperação do indicador, de 11,8% para 13,2% no período. A região Sul tem a maior taxa de funcionários associados a sindicatos, de 16,2%.
As atividades com maior taxa de sindicalização são a administração pública (23,6%), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (21,1%), indústria geral (17,1%) e informação e comunicação (17%).