A taxa de desemprego bateu recorde e chegou a 12% no último trimestre de 2016, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desta segunda-feira. O resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua indica que havia 12,3 milhões de pessoas procurando emprego entre os meses de outubro e dezembro. O número representa um acréscimo de 300 000 pessoas em relação ao trimestre anterior e a taxa é a maior desde o início da série histórica, iniciada em 2012.
Segundo o IBGE, a variação da taxa de desemprego de 11,8% no terceiro trimestre do ano anterior para 12% no quarto trimestre indica estabilidade do desemprego. Em relação aos três últimos meses de 2015, houve aumento de 3,1 pontos porcentuais (era de 9%). A taxa média em 2016 foi de 11,5%.
Em relação ao setores, houve queda na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (de 1,3%, 199 000 pessoas) e expansão em comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (de 3,3%, 559 000), transporte, armazenamento e correio (2,5%, 110 000) e alojamento e alimentação (3,1%, 145 000). Os demais grupamentos se mantiveram estáveis, segundo o IBGE.
O rendimento médio no último ano caiu 2,3% em relação ao anterior, chegando a 2 029 reais. No último trimestre, foi de 2 043 reais, resultado considerado estável em relação ao trimestre anterior (variação de 0,8%) e ao mesmo período de 2015 (0,5%).
A população ocupada era de 90,3 milhões entre outubro e dezembro de 2016, e a de trabalhadores com carteira assinada, de 34 milhões. Ambos os grupos tiveram comportamento de estabilidade em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE.