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Para Dilma, venda da Eletrobras deixa país sujeito a apagões

Ex-presidente, que foi ministra de Minas e Energia no governo Lula, diz que proposta deve encarecer conta de luz e trazer de volta apagões da era FHC

Por Da redação
Atualizado em 22 ago 2017, 14h53 - Publicado em 22 ago 2017, 10h21
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  • A ex-presidente Dilma Rousseff usou o Twitter para criticar a proposta de privatização da empresa federal de energia, a Eletrobras, anunciada pelo governo nesta segunda-feira. Segundo ela, a medida deverá encarecer a conta de luz e traz o risco de apagões por causa do fim da segurança energética no país.

    Para Dilma, a proposta trará de volta problemas anteriores à sua gestão como ministra de Minas e Energia. “Vender a Eletrobras é abrir mão da segurança energética. Como ocorreu em 2001, no governo FHC, significa deixar o país sujeito à apagões”, escreveu na rede social. Ela chefiou o ministério entre 2003 e 2005, no início do governo Lula. Como presidente, promoveu a renovação antecipada de concessões de distribuidoras em 2013, visando à redução dos valores da conta. Segundo especialistas, a medida provocou desequilíbrios bilionários no setor.

    O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou comunicado ontem à noite dizendo que proporá ao governo a redução da participação federal na Eletrobras. O objetivo é, segundo a instituição, melhorar a gestão da empresa cujas ineficiências teriam gerado custos estimados em 250 bilhões de reais.

    20 bilhões

    A instituição divulgará nesta terça-feira os detalhes da proposta de privatização. O chefe da pasta, Fernando Coelho Filho, disse em entrevista à agência de notícias Reuters que espera que o processo renda até 20 bilhões de reais para a União.

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    De acordo com Coelho Filho, o processo será conduzido por meio da emissão de novas ações, diluindo a fatia da União. “A Eletrobras, como holding, com todos os seus ativos dentro, vai entrar nesse pacote… O governo não vende ação; propomos a emissão de novas ações e, ao fazer isso, as atuais ações serão diluídas, e a (participação da) União será diluída também”, explicou ele.

    (Com Reuters)

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