Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

No controle, Guedes prega reformas liberais como ‘caminho da prosperidade’

Em videoconferência com representantes do varejo, o ministro disse que a retomada pós-Covid-19 passa por reformas e investimento privado

Por Larissa Quintino Atualizado em 29 abr 2020, 10h49 - Publicado em 29 abr 2020, 10h39
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Guedes também tentou evitar um novo mal estar com colegas da Esplanada / (Antonio Cruz/Agência Brasil)

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, ao mesmo tempo que tenta botar panos quentes na crise aberta com colegas de ministérios pelo anúncio do plano “Pró-Brasil”, está usando a carta branca reafirmada pelo presidente Jair Bolsonaro para mostrar que é ele quem manda na condução econômica do país. Em uma videoconferência realizada com o setor de varejo na manhã desta quarta-feira, 29, o ministro disse que a retomada não será feita via investimentos estatais indiscriminados em obras públicas, mas pelo que chama de ‘caminho da prosperidade’.

    Nada mais é que sua cartilha liberal habitual trabalhada pelo governo antes da crise sanitária. Fazem parte deste caminho as reformas estruturantes, o incentivo ao investimento privado e a desoneração de folha de pagamentos. Em sua visão, estas seriam as ferramentas chaves para o pós-crise do coronavírus. “Não são 12, 13, 15 bilhões vindos do governo que colocarão o Brasil para voar. O governo pode até fazer um primeiro movimento, mas a retomada virá pelo investimento privado”, afirmou.

    ASSINE VEJA

    Coronavírus: uma nova esperança
    Coronavírus: uma nova esperança A aposta no antiviral que já traz ótimos resultados contra a Covid-19, a pandemia eleitoral em Brasília e os fiéis de Bolsonaro. Leia nesta edição. ()
    Clique e Assine

    O ministro afirma que a retomada passa por projetos que já eram trabalhados pela área econômica, como a lei do saneamento básico — que segundo ele, pode trazer 100 bilhões de reais de investimento para o país em questão de um ano — regulamentação do setor de petróleo e gás, reforma tributária na qual haveria simplificação dos impostos e desoneração de folha de pagamentos. Esses itens, de acordo com Guedes, tem potencial para a geração de milhões de empregos.

    Continua após a publicidade

    Para sustentar a volta aos holofotes de sua agenda liberal ante a ideia intervencionista que era gestada entre militares e outros ministros, Guedes citou o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, utilizado pelos governos do PT para desenvolvimento de obras públicas. Segundo ele, a ideia já foi seguida e deu errado nestes governos anteriores. “Não se pode cavar mais fundo”, argumentou.

    Tentando não deixar mais ruídos entre a área econômica e os ministros palacianos, Guedes afirmou que as reuniões conduzidas pelo general Walter Braga Netto com outras pastas são normais e da competência da Casa Civil, que é a pasta responsável por elencar projetos e definir as prioridades. Posteriormente, a Casa Civil leva ao Ministério da Economia para ver se é possível a liberação de recursos para as áreas. Esse, inclusive, seria o motivo de membros da equipe econômica não terem participado da reunião ministerial da semana passada em que houve a apresentação do “Pró-Brasil”.

    Continua após a publicidade

    “A Casa Civil pegou esses pedidos, fez a programação e aquilo foi anunciado como um programa focado na retomada”. O ‘Plano Marshall’ militar não pegou bem e gerou turbulência na bolsa, o que foi usado pelo ministro para ilustrar a temeridade da volta de gastos públicos indiscriminados. “Nós já estávamos seguindo um caminho antes da crise, e voltaremos a trilhar esse caminho da prosperidade”.

    Saída do isolamento social

    Em mais um exercício para não embarcar em polêmicas, o ministro diz que é preciso que haja uma saída do isolamento social de forma planejada e seguindo todos os protocolos de saúde. Mas, enquanto não há uma definição de quais são esses protocolos e como será feita essa volta, ele defende que os sinais vitais da economia não parem. “Nós não podemos parar de pagar a conta de luz, a conta de telefone. A energia e as comunicações, por exemplo, são as ferramentas que temos para que continuemos a fazer a economia rodar. Se houver qualquer corte agora, isso pode impactar lá na frente. Por isso que os setores essenciais não podem parar”, argumentou.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.