A Nissan Motor suspendeu a produção de veículos para o mercado japonês por pelo menos duas semanas. A paralisação atinge as seis fábricas da segunda maior fabricante de automóveis do Japão.
Neste período, a empresa quer resolver problemas constatados no processo de inspeção que levaram a montadora a fazer um recall envolvendo todos os 1,2 milhão de carros vendidos pela marca no Japão nos últimos três anos. A empresa informou que mais 34 mil carros serão inspecionados novamente, provavelmente expandindo o recall em cerca de 4.000 veículos.
Com um custo de 25 bilhões de ienes (222 milhões de dólares), o recall vai refazer as avaliações finais de qualidade. As inspeções envolvem verificação de rádio de manobra e capacidade de freio e aceleração.
O recall foi convocado após a Nissan admitir que técnicos não certificados continuaram realizando as verificações finais de veículos, mesmo depois de ter informado que reforçou o controle de seus processos de verificação de qualidade no final de setembro, quando o problema surgiu.
O Ministério dos Transportes do Japão informou neste mês que descobriu que técnicos não certificados estavam usando credenciais de fiscais certificados para assinar as inspeções finais de veículos da Nissan, violando as diretrizes do ministério.
A Nissan continuará produzindo veículos para exportação no Japão, incluindo o popular utilitário esportivo Rogue e o elétrico Leaf, já que o processo de certificação para inspeções finais não se aplica aos produtos exportados.
A Kobe Steel, terceira maior siderúrgica do Japão, admitiu no mês passado que falsificou especificações sobre resistência e durabilidade de produtos de alumínio, cobre e aço, conduta que pode datar de mais de 10 anos atrás.