O conselho de administração da Nissan aprovou nesta quinta-feira, 22, a demissão de Carlos Ghosn da presidência do colegiado da montadora japonesa, depois do escândalo gerado pela prisão do executivo após acusações de fraude financeira, afirmou a emissora estatal japonesa de televisão NHK.
O conselho também aprovou a remoção de Greg Kelly de sua posição como diretor-representante, publicou o jornal Nikkei. O americano foi preso temporariamente por 10 dias.
A parceria franco-japonesa, ampliada em 2016 para incluir a Mitsubishi, foi profundamente abalada pela prisão de Ghosn no Japão, na segunda-feira, 19. O presidente do conselho de administração das montadoras e estrela da indústria foi acusado de fraude.
Ghosn moldou a aliança e estava pressionando por uma integração mais profunda, incluindo uma potencial fusão completa entre a Renault e a Nissan a pedido do governo francês, apesar de fortes ressalvas da firma japonesa.
Procuradores japoneses disseram que Ghosn e Kelly conspiraram para subdeclarar a remuneração de Ghosn durante cinco anos a partir de 2010, dizendo que o valor era aproximadamente a metade dos verdadeiros 10 bilhões de ienes (88,47 milhões de dólares).