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Ministra critica corte radical de subsídio: ‘Vamos quebrar a agricultura?’

Tereza Cristina defende 'previsibilidade' para o setor agropecuário e um maior alinhamento com a equipe do titular da Economia, Paulo Guedes

Por Da Redação
Atualizado em 11 fev 2019, 14h41 - Publicado em 11 fev 2019, 12h48
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  • A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), manifestou preocupação com a possibilidade de cortes radicais de subsídios agrícolas, depois que o presidente do Banco do Brasil, Rubens Novaes, afirmou que o “grosso da atividade rural” pode se financiar com taxas de mercado.

    Tereza Cristina, que antes de assumir a pasta era a coordenadora da bancada ruralista, defendeu que uma eventual redução desse apoio, que ela chama de “desmame”, seja feita de forma gradual, para evitar “desarrumar” o setor. “Vamos quebrar a agricultura? É esse o propósito? Tenho certeza de que não é”, disse.

    “Se não tivermos cuidado, pode desarrumar muito o setor. Previsibilidade é a palavra de que precisamos. É muito bonito falar que vai tirar tudo. A vida inteira essa época (de preparação do Plano Safra) é tensa. O que precisamos é afinar, porque mudou o viés da política. Será que o presidente Bolsonaro quer que a agropecuária encolha no seu governo? Podemos fazer coisas novas, mas passo a passo. Não é de repente dizer que agora mudou a regra do jogo”, completou a ministra.

    Durante participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o titular da Economia, Paulo Guedes, estimou a redução de financiamentos do tipo em cerca de 10 bilhões de reais. Sobre a estimativa, Tereza Cristina diz que “isso não está pacificado” e que “o Ministério da Agricultura tem que dizer o que ele pensa e quais as consequências para a equipe econômica”.

    Estados Unidos

    A ministra da Agricultura também comentou a maior proximidade política entre o Brasil e os Estados Unidos, que preocupa parte do setor agropecuário, uma vez que os americanos competem com os produtores brasileiros para a exportação de commodities. Ela disse não ter “nada contra se alinhar com os Estados Unidos, muito pelo contrário”, mas que é preciso “saber que, nessa área, a gente tem de brigar duro com eles”. “A gente anda com os americanos na soja igual a uma corrida de cavalo”, afirmou.

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    Questionada sobre a existência de “arestas” a ser aparadas no governo Bolsonaro, Tereza Cristina disse considerar “absolutamente normal”. No entanto, ela ponderou que, apesar de Paulo Guedes ter reunido diversas antigas áreas sob o comando do atual Ministério da Economia, a equipe do ministro “tem de saber quais são das demandas da agricultura, onde pode pegar, onde não pode e fazer esse alinhamento”.

    (Com Estadão Conteúdo)

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