A Samsung registrou uma alta de seus lucros de 50,2% no quarto trimestre, apesar do escândalo do Galaxy Note 7, que abalou a reputação da maior fabricante de telefones do mundo. Em um comunicado publicado nesta terça-feira, a empresa informou que registrou lucros no valor de 9,22 trilhões de wons (24,97 bilhões de reais) entre os meses de outubro e dezembro.
Os lucros foram impulsionados pela área de “componentes, principalmente as memórias e os painéis de visualização”, disse a empresa, que também mencionou como causa a força do dólar.
O fiasco do Galaxy Note 7 não foi o único obstáculo enfrentado pela empresa, atingida pelo escândalo de corrupção que levou à destituição pelo Parlamento da presidente coreana, Park Guen-Hye. No âmbito da investigação, Lee Jae-Yong, o vice-presidente e herdeiro da companhia que representa quase um quinto do PIB da Coreia do Sul, foi interrogado. Na semana passada, o tribunal rejeitou uma ordem de prisão pedida pelo Ministério Público.
“A Samsung registrou resultados sólidos, apesar da descontinuação do Note 7 na segunda metade”, indicou a empresa, na única menção ao escândalo. A empresa retirou no início de setembro 2,5 milhões de exemplares do Galaxy Note 7 de dez mercados quando surgiram as queixas de que as baterias de lítio explodiam durante a recarga.
Posteriormente, a empresa precisou estender a medida e suspender a produção quando apareceram novos relatos informando que os telefones substitutos também se incendiavam. O aparelho, que estava concebido para competir com o iPhone da Apple, terminou custando à Samsung milhões de dólares em perdas, além de danos a sua imagem de marca.
A Samsung admitiu na segunda-feira que foi a empresa que especificou as características que as baterias deveriam cumprir.