Os economistas do mercado financeiro aumentaram as projeções de inflação e diminuíram a expectativa de alta do Produtos Interno Bruto (PIB) para este ano, conforme Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 4, pelo Banco Central.
A previsão de inflação subiu de de 3,60% para 3,65%. Há quatro semanas, o mercado previa um IPCA, inflação oficial, de 3,49%. Para 2019, a estimativa foi ampliada de 4% para 4,01%.
A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está próxima do piso da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3% a 6%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%).
Nas últimas semanas, um novo fator começou a pesar sobre as projeções de preços: a greve dos caminhoneiros, que provocou o desabastecimento em todo o país e só agora começa a voltar ao normal, mas com reflexo direto nos preços de alguns produtos, como combustível e alimentos.
A expansão na expectativa de inflação é resultado ainda da alta do dólar e dos preços administrados. Os economistas, conforme o levantamento do BC, veem o dólar a 3,50 reais no fim de 2018 e também em 2019. A previsão anterior era de 3,48 e 3,47 reais, respectivamente. Ainda conforme o BC, os preços administrados foram elevadas a 5,6% este ano. Antes estava em 5,5%.
Para o PIB, as projeções apontam para aumento de 2,18% neste ano, contra 2,37% previsto na semana passada. Para 2019, a estimativa de expansão foi mantida em 3%.
Para os economistas, a Selic deve ficar em 6,5% neste ano. Para 2019, a expectativa foi mantida em 8%.