O mercado livre de energia deverá chegar a cerca de 60 000 empresas participantes em outubro, um salto de 62% ante o número do ano passado. O motivo é que, desde janeiro, vigora uma portaria do governo autorizando todos os consumidores de média e alta tensão — e não apenas as grandes companhias — a ingressar no mercado livre. Ao contrário do segmento cativo, em que o cliente é obrigado a comprar energia da concessionária que atende sua região, no livre é possível negociar com diversos ofertantes. Com isso, a economia na tarifa chega a 35%. “Ampliar o acesso ao mercado livre pode gerar uma revolução no setor elétrico, comparável à privatização das operadoras de telefonia”, diz Bernardo Sicsú, vice-presidente da Abraceel, a associação que reúne as comercializadoras de energia elétrica.
Com reportagem de Camila Pati
Publicado em VEJA, setembro de 2024, edição VEJA Negócios nº 6