O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, irá se descompatibilizar do cargo até o fim deste mês. O objetivo é fazer parte da reforma ministerial que deve ser empreendida pelo governo de Jair Bolsonaro com a saída dos ministros que irão disputar as eleições deste ano. Segundo Pontes, ele irá se candidatar a deputado federal por São Paulo, pelo PL. “Serei filiado pelo partido do presidente“, afirmou nesta terça-feira, 1º, ao participar hoje da conferência de telecomunicações MWC, Mobile World Congress, em Barcelona.
O seu substituto já teria sido escolhido a partir de indicação do ministro, mas Pontes não revelou o seu nome. “Vou deixar para o presidente anunciar”, disse. Segundo o site Convergência Digital, os dois nomes especulados são os do presidente da Finep, general Waldemar Barroso, e do secretário de inovação e empreendedorismo, Paulo Alvim. Pontes fez parte de anúncio na cidade espanhola, de white papers sobre inteligência artificial e formação de trabalhadores para a tecnologia de telefonia móvel 5G, em parceria entre a empresa chinesa de equipamentos de rede Huawei e a Softex, a associação de promoção do software brasileiro, uma organização social civil de interesse público. VEJA participa do evento a convite da Huawei.
Marcos Pontes, primeiro brasileiro a ir para o espaço, foi o quarto nome confirmado na esplanada dos ministérios, após a eleição de Jair Bolsonaro, tendo seu currículo destacado pelo presidente. Sua pasta porém, ficou escanteada no governo e foi alvo inclusive de corte de verbas, o que criou mal estar entre o ministro e o colega na Economia, Paulo Guedes. Em outubro do ano passado, o Congresso aprovou um pedido do governo de cortar 690 milhões de reais do ministério de Pontes, equivalente a 92% do recurso disponível para o investimento em ciência e inovação. Na ocasião, o ministro chegou a afirmar que foi pego de surpresa com o corte