O sistema de consulta a recursos esquecidos em bancos, liberado pelo Banco Central, causou um verdadeiro frenesi nos brasileiros, com mais de 60 milhões de acessos em dois dias na busca de uma parcela dos 8 bilhões de reais que esperam o resgate. Entretanto, há quase o triplo desse valor, também esquecido, na Caixa Econômica Federal. As cotas do fundo PIS/Pasep, liberadas desde 2019, somam 23 bilhões de reais. De acordo com a Caixa, mais de 10,6 milhões de brasileiros têm direito aos valores.
Vale ressaltar que o trabalhador ou o herdeiro podem até 2025 para regatar o dinheiro, caso contrário, ele vai para os cofres da União.
Há cotas no fundo de quem trabalhou com carteira assinada na iniciativa privada ou foi servidor público civil ou militar entre 1971 e 1988. O fundo não tem relação com o abono salarial PIS/Pasep, que é pago anualmente a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos.
A consulta pode ser feita pelo site e pelo aplicativo oficial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que administra o recurso, pelo internet banking da Caixa ou agências do banco. Correntistas da Caixa recebem o crédito automaticamente. Usuários do Cartão Cidadão podem sacar em terminais de autoatendimento e lotéricas, desde que o valor não ultrapasse 3 mil reais.
Se a pessoa não tem nem conta na Caixa e nem Cartão Cidadão, deve ir até uma das agências do banco, portando documento com foto. No caso dos herdeiros, é obrigatória a apresentação da certidão de óbito, declaração de dependentes habilitados a receber pensão por morte, e alvará judicial designando os beneficiários do saque ou escritura pública de inventário.
O saque do Fundo PIS/Pasep foi liberado em 2019 junto com o chamado saque imediato do FGTS, medida que permitia que o trabalhador resgatasse até 500 reais de suas contas do fundo. Anteriormente, o Fundo PIS/Pasep só poderia ser sacado se o trabalhador tivesse mais de 60 anos de idade, tivesse se aposentado ou em situações específicas, como portador de HIV e herdeiro ou dependente de titular falecido.