Luciano Huck não é mais sócio do Madero. O apresentador da Rede Globo decidiu vender sua participação na rede paranaense de hamburguerias, confirmou a VEJA sua assessoria neste domingo, 5. Sua parte na empresa fica agora sob o controle do fundador e sócio majoritário, Junior Durski, com quem Huck vem acumulando discordâncias políticas em relação à pandemia do coronavírus.
“Luciano Huck, por meio da Joa Investimentos S/A, controlada por ele, comunica que deixa, a partir desta data, de ser acionista do Madero, tendo alienado a totalidade de sua participação societária para o fundador Junior Durski”, informou a assessoria do global, em comunicado. Além de sócio, Huck era um dos garotos-propaganda da rede de restaurantes.
Huck, de 48 anos, tem seu nome frequentemente especulado como possível candidato à presidência em 2022. Nos últimos meses, o apresentador tem sido um crítico frequente das ações do presidente Jair Bolsonaro no combate ao coronavírus, enquanto seu ex-sócio, Junior Durski é um dos maiores entusiastas do bolsonarismo.
Em março, Durski disse estar “100% com Bolsonaro” e causou enorme controvérsia ao criticar as medidas de fechamento da economia tomadas por governadores. Desde então, o Madero, assim como outras empresas cujos donos de posicionaram a favor de Bolsonaro, passaram a enfrentar boicotes.
“Eu sou totalmente contrário a esse lockdown. O Brasil não pode parar dessa maneira (…) Eu sei que tínhamos de chorar e vamos chorar por cada uma das pessoas que morrerem com o coronavírus. Vamos cuidar, vamos isolar os idosos e as pessoas com algum problema de saúde. É nossa obrigação fazer isso. Mas não podemos parar por conta de 5000 pessoas ou 7000 pessoas que vão morrer.” , disse Durski, à época. Hoje o Brasil já soma mais de 64 mil mortos pela covid-19.
Ao jornal Folha de S.Paulo, Durski chegou a minimizar as discordâncias políticas como Huck. “Somos sócios e pensamos diferente do ponto de vista político.