O juiz distrital dos Estados Unidos Richard Leon decidiu nesta terça-feira, 12, que a AT&T pode ir adiante com seus planos de adquirir a Time Warner. A decisão é uma derrota para o governo americano, que através do Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês), alegou que o negócio suprimiria a competição na indústria de televisão paga.
O juiz disse que o governo dos Estados Unidos não deu evidências suficientes que indiquem que a aliança entre o maior provedor de TV a cabo do país e a gigante do entretenimento Time Warner prejudique a concorrência no mercado. “Concluo que o governo falhou (na tentativa de) satisfazer o ônus da prova”, disse o magistrado.
Leon alertou o governo que atrasar o acordo por meio de uma apelação poderá causar um dano irreparável às duas companhias.
Em um desfecho altamente inusual da sessão da corte, o juiz conclamou o governo dos EUA a deixar que as companhias fechassem o negócio sem demais interferências legais. A proposta de aquisição da Time Warner pela AT&T, avaliada em cerca de 80 bilhões de dólares, depende de aval regulatório desde outubro de 2016.
A fusão criará um gigante do setor de comunicação e internet a partir de 20 de junho. “Estamos felizes com essa decisão e prevemos concluí-la em 20 de junho a fim de começar a propor aos consumidores vídeos mais acessíveis, móveis e inovadores”, disse em declaração por escrito David McAtee, diretor jurídico da AT&T.
(Com Estadão Conteúdo e AFP)