Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

IPCA registra deflação em agosto e acumulado em 12 meses fica abaixo do teto da meta

Essa foi a primeira deflação registrada em 14 meses; Inflação acumulada é de 4,24%, uma desaceleração em relação ao mês anterior

Por Larissa Quintino Atualizado em 10 set 2024, 11h47 - Publicado em 10 set 2024, 09h09
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, variou -0,02% em agosto, queda de 0,40 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando subiu para 0,38%. Essa é a primeira taxa negativa desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%. O mercado financeiro projetava uma alta de 0,02% do índice em agosto.

    Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, 10, o resultado foi influenciado pela queda em habitação (-0,51%), após a redução nos preços da energia elétrica residencial (-2,77%), e alimentação e bebidas (-0,44%), com a segunda queda consecutiva da alimentação no domicílio (-0,73%).

    No ano, a inflação acumulada é de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%. O acumulado está longe do centro da meta, de 3%, mas dentro do limite, que é de 4,5%. Em julho, o acumulado havia chegado aos 4,5%, aumentado a preocupação do mercado com a pressão inflacionária. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na próxima semana para decidir sobre a taxa de juros. Há um aumento da pressão do mercado por elevação na Selic devido a expectativas desancoradas.

    Resultado

    André Almeida, gerente do IPCA, destaca a mudança de bandeira tarifária da energia como fator preponderante para explicar o resultado de queda do grupo habitação. “A principal influência veio de energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, pontua. Para setembro, entretanto, essa pressão deve voltar. Isso porque a Aneel determinou a bandeira tarifária vermelha 1 para o período, deixando a conta mais cara.

    No grupo de alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho. Foram observadas quedas nos preços da batata-inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%).

    Continua após a publicidade

    “O principal fator que contribuiu para a queda nos preços foi uma maior oferta desses produtos no mercado por conta de um clima mais ameno no meio do ano, que favorece a produção desses alimentos, com maior ritmo de colheita e intensificação de safra”, destaca Almeida.

    No lado das altas, destacam-se o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

    Já a alimentação fora do domicílio (0,33%) teve variação abaixo da registrada no mês anterior (0,39%). O subitem lanche desacelerou de 0,74% em julho para 0,11% em agosto, enquanto a refeição acelerou de 0,24% para 0,44%.

    Continua após a publicidade

    O grupo transportes (0,00%) registrou estabilidade, em grande parte, por movimentos de preços em sentidos opostos em seus principais subitens. Em relação aos combustíveis (0,61%), gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%) apresentaram altas, enquanto o etanol recuou 0,18%. Além disso, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,93%).

    “A queda no preço das passagens aéreas em agosto pode ser explicada por um movimento contrário ao observado em julho, mês de férias escolares, quando as passagens aéreas são mais demandadas por conta das viagens que as famílias realizam”, explica o gerente da pesquisa.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.