O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,83% em julho, um aumento em comparação aos 0,50% de junho, segundo divulgou a FGV, nesta quarta-feira, 7. Com isso, o índice acumula alta de 1,95% no ano e de 4,16% em 12 meses. Em julho do ano passado, o índice havia caído 0,40% e acumulava queda de 7,47% em 12 meses.
“A aceleração do índice ao produtor foi impulsionada pela alta nos preços das commodities agrícolas e minerais, além do aumento no preço da gasolina. A taxa não foi ainda mais elevada devido à queda nos preços de alimentos in natura, especialmente hortaliças, legumes e frutas. O IPC subiu influenciado pela energia elétrica, devido à bandeira amarela em julho, e pela gasolina, após o reajuste no início do mês. O INCC permaneceu estável, embora os preços dos materiais e serviços tenham subido, enquanto o custo da mão de obra recuou”, explicou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, em nota.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) aumentou 0,93% em julho, acima dos 0,55% de junho. No grupo de Bens Finais, a variação caiu de 0,41% em junho para -0,04% em julho, puxada pela queda nos preços dos alimentos in natura, de -0,23% para -5,83%. Excluindo alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais subiu 0,17% em julho, contra 0,50% em junho.
O grupo de Bens Intermediários subiu de 0,45% em junho para 1,29% em julho, influenciado pelos materiais e componentes para manufatura, que subiram de 0,30% para 1,01%. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o índice de Bens Intermediários subiu 1,13% em julho, acima dos 0,48% do mês anterior.
As Matérias-Primas Brutas aumentaram 1,54% em julho, acelerando em relação aos 0,80% de junho. Destaques para minério de ferro (de -2,66% para 1,34%), bovinos (de -2,15% para 1,89%) e mandioca (de -3,89% para -0,79%). Por outro lado, soja (de 2,69% para 0,59%), café em grão (de 11,73% para 5,64%) e cacau (de 20,10% para -1,59%) tiveram desaceleração.
IPC e INCC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,54% em julho, contra 0,22% em junho. Cinco das oito categorias de despesa que compõem o índice subiram: Educação, Leitura e Recreação (de -0,75% para 3,48%), Transportes (de 0,19% para 1,09%), Habitação (de 0,13% para 0,61%), Despesas Diversas (de 0,44% para 1,84%) e Comunicação (de -0,08% para 0,11%). As principais influências vieram de passagem aérea (de -4,81% para 21,20%), gasolina (de 0,61% para 2,90%), tarifa de eletricidade residencial (de -0,30% para 2,24%), serviços bancários (de 0,86% para 3,14%) e mensalidade para TV por assinatura (de -0,36% para 1,39%).
Em contrapartida, Alimentação (de 0,50% para -1,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para -0,01%) e Vestuário (de 0,36% para -0,21%) tiveram queda. Destaques para hortaliças e legumes (de 1,57% para -11,72%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,44% para -1,03%) e roupas (de 0,33% para -0,40%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,72% em julho, praticamente estável em relação aos 0,71% de junho. Materiais e Equipamentos subiram de 0,38% para 0,71%, Serviços de 0,20% para 0,71%, enquanto Mão de Obra caiu de 1,23% para 0,74%.
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC, que exclui os itens mais voláteis, registrou taxa de 0,32% em julho, ligeiramente abaixo dos 0,34% de junho. Dos 85 itens do IPC, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo, sendo 26 com taxas abaixo de 0,00% e 12 com variações acima de 0,60%. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com variação positiva, subiu para 54,52%, frente aos 54,19% de junho.