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Ibovespa cai 4,87% e fecha no menor índice do ano

Intervenção de Bolsonaro na Petrobras elevou o risco do país e afugentou investimentos de outras empresas brasileiras

Por Luisa Purchio Atualizado em 24 fev 2021, 10h24 - Publicado em 22 fev 2021, 18h56
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  • Corretor mostra preocupação após queda na Bolsa de Nova York
    MEDO A intervenção na Petrobras se transformou em uma aversão geral ao risco (Drew Angerer/Getty Images)

    Após certa calmaria trazida pelo início da vacinação da Covid-19, as bolsas brasileiras encerraram com fortes perdas nesta segunda-feira, 22, após a intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras. O Ibovespa fechou com queda de 4,87%, para 112.667,70 pontos, uma queda que não ocorria desde o início de dezembro do ano passado. Já o dólar comercial fechou em alta de 1,26%, a 5,4554 reais. O baque ao mercado já era esperado desde a sexta-feira, quando o presidente Jair Bolsonaro demitiu o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e afirmou que interviria também no setor elétrico do país. A empresa que mais caiu do Ibovespa foi a Petrobras, que teve a ação PETR4 com perda de 21,51% e PETR3 em 20,48%, recebendo a recomendação de compra modificada por instituições como XP Investimentos e o Itaú. Já os ADRs da empresa, recibos que a representam nos EUA, despencaram 21%.

    A decisão do presidente causou um medo generalizado que afetou os papeis de outras estatais, como Telebras e Eletrobras. O Banco do Brasil, outra vítima do intervencionismo de Bolsonaro, teve queda de 11,65% e fechou a 28,83 reais. Os investidores temem que o presidente da instituição, André Brandão, também seja retirado do cargo. Brandão esteve na mira de Bolsonaro no começo do ano, quando em outro aceno populista reclamou do plano de demissões e cortes de custos anunciado. Após a intervenção do ministro Paulo Guedes, no entanto, o presidente voltou atrás na decisão de demiti-lo. Além de Banco do Brasil, a Ultrapar sofreu queda de 7,83% e encerrou o pregão a 21,07 reais.

    “O mercado não gosta de surpresas negativas. A decisão do presidente causou um medo generalizado porque o investidor internacional não compra apenas uma empresa, ele compra o Brasil como um todo”, diz Pedro Lang, chefe de renda variável da Valor Investimentos. “Quando a principal empresa do país está com problema, ele resolve vender outros papeis também”, diz ele.

    Essa percepção sobre o risco do país é o maior exemplo sobre como a decisão intempestiva do presidente é prejudicial à economia e pode ser um tiro no pé. O Cross Default Swap, que indica a chance de o Brasil quebrar e dar calote aos investidores, estava subindo 0,79% no final da tarde de hoje. Os juros longos do país, números que refletem quanto o mercado está cobrando para comprar os papéis do Tesouro Nacional com pagamento de longo prazo, também cresceram. Os papeis prefixados com vencimento em 2026 estavam a 7,60% no final da tarde desta segunda-feira, o mais alto desde novembro do ano passado.

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    Essa mudança de postura de Bolsonaro indica aos investidores que o presidente não brigará para aliviar o risco fiscal do país e, consequentemente, atrair investimentos. A maior preocupação é em relação ao teto de gastos, uma vez que as contas públicas só aumentam, enquanto não há indicações de onde virão os recursos para compensar as perdas.

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