A atividade econômica do país permaneceu no campo negativo em outubro. Segundo dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br, divulgado nesta quarta-feira, 20, houve ligeiro recuo de 0,06% no mês, na mesma magnitude registrada no período anterior. O resultado veio em linha com as estimativas do mercado, que estimava estabilidade no resultado do mês.
No trimestre encerrado em setembro, o indicador teve queda de 0,42%, ante o trimestre anterior– reforçando a desaceleração econômica. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, houve crescimento de 0,88%. No acumulado do ano, o IBC-Br registra alta de 2,36% e, em 12 meses, de 2,19%.
“Observamos, mais uma vez, que o resultado foi influenciado por variações próximas à estabilidade em quase todos os setores da atividade econômica. Em termos gerais, o resultado permanece predominantemente negativo, com números expansionistas concentrados em poucas áreas. O destaque do mês foi a perda de ímpeto nos setores de transportes e na demanda das famílias”, analisa Igor Cadilhac, do PicPay.
Divulgado mensalmente, o IBC-Br é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que tem periodicidade trimestral pelo IBGE. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos.
O indicador é usado como uma das ferramentas do BC para definir a taxa básica de juros do país. A Selic está em 11,75% ao ano e há expectativa de mais cortes em 2024, caso os preços sigam a trajetória de desinflação.