Enquanto no Brasil o McDonald’s ainda enfrenta críticas pelo sanduíche de picanha sem picanha, nos EUA a ausência de carne bovina é que impulsiona as vendas de uma nova linha de produtos à base de plantas. Mais especificamente, o apoio do Grupo pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA, na sigla em inglês) é que deu o empurrão. A organização sem fins lucrativos comprou grandes levas do McDonald’s, de unidades no Texas e na Califórnia, incentivando o consumo McPlant (retaando maionese e queijo), o que serviu como uma grande jogada de marketing da companhia de fast food.
A empresa não divulgou o valor exato das vendas, apenas que houve uma alta nas vendas desse hambúrguer que não leva carne de origem animal e que custa 5,39 dólares, preço comparável a sanduíches maiores. O McDonald’s está testando hambúrgueres à base de plantas em 600 locais nos EUA, comprando insumos da Beyond Meat, que também fornece nuggets de sabor frango baseados para a rede KFC.
A PETA acredita que o aumento da venda de produtos vegetarianos ou veganos pode reduzir significativamente a demanda por produtos à base de carne e, consequentemente, reduzir o sofrimento dos animais na cadeia produtiva. Antes da chegada do McPlant, a PETA já havia organizado diversos protestos contra o tratamento de animais nas cadeias de suprimentos do McDonald’s e de outras redes de fast food.
O McPlant é vendido nos EUA e, mais recentemente, em parte da Europa. O slogan de cruelty-free (ausência de crueldade a animais na produção) é um dos grandes investimentos da maior rede de fast food do mundo. Mas a jogada não é só do McDonald’s. José Cil, CEO do Restaurant Brands International, que controla o Burger King, já anunciou o interesse em tornar a produção da rede de fast food 50% livre de carne até à próxima década.