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Petroleiros anunciam suspensão temporária de greve para negociar demandas

A decisão ocorre para que os manifestantes possam participar da negociação de intermediação com o Tribunal Superior do Trabalho

Por Alessandra Kianek Atualizado em 20 fev 2020, 19h20 - Publicado em 20 fev 2020, 19h15
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  • As assembleias dos grevistas do setor petroleiro aprovaram a suspensão provisória da paralisação que atinge a categoria. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e as direções de centrais sindicais aprovaram o indicativo para a suspensão da greve na Petrobras, decisão ratificada nesta quinta-feira, 20. A medida busca cumprir a exigência para a abertura de negociações com a empresa. As conversas serão mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o primeiro encontro está marcado para sexta-feira 21, em Brasília. A suspensão da greve se deu para que os grevistas possam participar da negociação de intermediação com o ministro do tribunal Ives Gandra Martins Filho.

    Os treze sindicatos afirmam que a suspensão prova “a disposição de se dialogar com a Petrobras. Os grevistas acampados na sede da empresa, Deyvid Bacelar, Cibele Vieira, Tadeu Porto e José Genivaldo da Silva vão deixar o prédio no centro do Rio de Janeiro ainda na noite desta quinta. “Decidimos manter o nível de mobilização até hoje, para chegarmos a essa negociação fortalecidos”, diz Bacelar, que é diretor da FUP.

    Em nota, a federação elogiou os grevistas e afirmou que a mobilização “garantiu” a suspensão das demissões em uma subsidiária da Petrobras no Paraná – determinada na terça-feira pela Justiça – e a abertura das negociações. “Conseguimos um canal de negociação que só foi possível por conta da força da greve”, diz Deyvid Bacelar, diretor da FUP. O comunicado da federação diz ainda que “o momento é de acumular forças para buscar o atendimento da pauta de reivindicações”. A FUP frisa que a interrupção da greve é “provisória” e que a paralisação será retomada caso não haja avanço nas conversas.

    A categoria protesta contra demissões, contra a privatização de ativos da Petrobras e contra a política de preços dos combustíveis da estatal. Os trabalhadores também afirmam que a companhia descumpre acordo coletivo de trabalho. De acordo com a estatal, todos os compromissos assumidos na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2019-2020 vêm sendo cumpridos por parte da empresa. Segundo a FUP, a greve será retomada caso não haja avanços na mediação feita pelo TST. 

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