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Governo planeja ‘megaobra’ para criação de pista central em Congonhas

Ideia de substituir as atuais duas pistas por uma seria principal exigência para a concessão do aeroporto; segundo especialista, mudança pode ser positiva

Por André Romani Atualizado em 15 fev 2019, 14h07 - Publicado em 15 fev 2019, 12h33
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  • Aeronaves da Gol e Tam
    Mudança seria estimada em 1 bilhão de reais (Reinaldo Canato/VEJA.com)

    O governo federal estuda substituir as duas pistas do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo por apenas uma. Essa será a exigência feita para a concessão do aeroporto para a iniciativa privada.

    Segundo o jornal Valor Econômico, seria necessário investimento de 1 bilhão de reais para a obra. Atualmente, Congonhas conta com duas pistas: a principal, que tem 1.940 metros e a alternativa de 1.435 metros. Segundo o Valor, a Secretaria de Aviação Civil estima o valor da obra em 1 bilhão de reais. Além disso, a medida seria a principal exigência para concessão do aeroporto à iniciativa privada.

    Ainda não existem informações mais específicas sobre o projeto, porém o comandante Ondino Dutra, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, afirma que a mudança pode ser positiva. “Se tiver uma pista maior, aumenta a capacidade de transporte e a segurança”, avaliou.

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    Ele explica que pistas maiores permitem rotas mais longas. “Um avião com pesado [com mais combustível] precisa de uma pista maior para decolar”, exemplifica. Já quando o assunto é segurança, um comprimento maior é positiva para os pilotos. “É mais fácil estacionar um carro em uma vaga grande ou apertada?”, compara ele.

    Com apenas uma pista, o táxi dos aviões pode ficar mais rápido e, portanto, aumentar o volume de viagens do terminal. “É possível fazer saídas mais rápidas para compensar a falta de duas pistas”, conta. Isso poque, em Congonhas, não é permitido que as duas pistas tenham decolagens ou pousos ao mesmo tempo e depois do acidente do voo 3054 da TAM em 2007, que matou 199 pessoas, também diminuiu o fluxo de pousos e decolagens por hora.

    Para ele, um fato negativo pode ser um menor fluxo de aviões de pequeno porte, pois o Campo de Marte, também em São Paulo, corre risco de ser fechado. O aeroporto é conhecido por concentrar parte desses voos. No início do ano, João Dória, governador do estado, em conversa com o presidente da República, Jair Bolsonaro, colocou-se a favor de que o local encerre suas atividades.

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    “Manifestei ao presidente Bolsonaro nossa posição contrária ao funcionamento de pousos e decolagens. Não faz o menor sentido que ali funcione pousos e decolagens de aeronaves”, disse ele.

    Dutra explica que a questão é balancear todas essas necessidades. “Não adianta nada criar uma só pista se for apenas em torno 30, 40 metros maior. É preciso um estudo para analisar essas questões e constatar se é positivo”, completa.

    Procurado, o Ministério da Infraestrutura disse que as questões relacionadas aos investimentos e a concessão do Aeroporto de Congonhas serão tratadas após a elaboração dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) do terminal. Eles serão iniciados no segundo semestre de 2020, após a realização da sexta rodada de concessões aeroportuárias.

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