O governo não está esperando “grandes ágios” pela concessão de quatro aeroportos – Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e Florianópolis (SC) -, no leilão previsto para quinta-feira (16).
“O sucesso não é um ágio grande. O sucesso é ter a iniciativa privada prestando um bom serviço e tendo sustentabilidade durante o período de execução do contrato”, afirmou o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Adalberto Vasconcelos.
Segundo ele, no leilão desta semana todos os aeroportos devem receber ofertas. “A expectativa é que haja concorrência para todos os aeroportos. Vários interessados nos procuraram, estrangeiros e nacionais, principalmente grandes operadores aeroportuários. O nosso termômetro é a procura dos investidores”, disse.
O secretário explicou que o modelo de licitação mudou. “Nos editais antigos, eventual ágio era diluído ao longo da execução do contrato. Isso inviabiliza a execução do contrato, por isso temos vários aeroportos em dificuldade agora. O plano econômico deles não foi feito para suportar todo o ágio”, afirmou Vasconcelos.
Ele atribui o insucesso de contratos firmados no governo petista ao modelo de licitação adotado, como para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro. “Temos preocupação de resolver o passado, mas dentro do marco regulatório posto. Trabalhamos com a hipótese de sustentabilidade do Galeão, mas as soluções ainda estão sendo analisadas”, afirmou o secretário.
Interessados
Pelo menos um grupo entregou nesta segunda-feira proposta para o leilão dos aeroportos. O prazo para a entrega das propostas para o leilão vai até às 16h desta segunda-feira.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Reuters)