A Gol, única companhia aérea brasileira que opera jatos Boeing 737 Max 8, disse que não vai deixar de utilizar a aeronave após a queda de um avião do mesmo modelo matar 157 pessoas na Etiópia, em um voo da Ethiopian Airlines. Foi o segundo acidente em cinco meses com o Boeing 737 Max 8. Em outubro, 189 pessoas morreram na Indonésia em um voo operado pela Lion Air.
Atualmente, a empresa brasileira tem sete aeronaves do modelo, que operam rotas nacionais e internacionais e é uma das 37 companhias do mundo que utilizam o novo modelo da Boeing. Segundo a empresa brasileira, até 2027, a frota deve contar com 130 modelos do 737 Max 8.
“Segurança é o valor número um da GOL e direciona absolutamente todas as operações e iniciativas da empresa. A GOL segue acompanhando as investigações e mantem contato próximo com a Boeing para esclarecimentos. A companhia reitera a confiança na segurança da sua operação“, disse a empresa em nota, lamentando também o acidente da companhia etíope.
Além da Gol, Aerolineas Argentinas, Aeroméxico e American Airlines são algumas das operadoras do 737 Max 8.
Banido
Após o acidente, China, Indonésia, Etiópia e Ilhas Cayman baniram a operação do 737 Max 8. A aeronave está em uso comercial há apenas dois anos, desde 2017.
Questionada sobre sanções no Brasil e segurança da aeronave, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não respondeu até a publicação.
Bimotor de corredor único, o Boeing 737 MAX é a versão mais recente do avião comercial mais vendido no mundo. Trata-se da quarta geração do 737 – é destinada a voos curtos e de médio alcance. O primeiro voo é de 2016, e a aeronave começou a ser entregue há dois anos.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)