O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), considerou os bloqueios nas rodovias paulistas inadmissíveis e disse que o MP e a PM foram acionados para que as vias sejam desbloqueadas. Segundo Garcia, os caminhoneiros identificados nos atos estão sujeitos a multa de 100 mil reais por hora e prisão, caso não obedeçam a ordem policial. “Bloqueio de estradas é inadmissível. As pessoas têm o direito de ir e vir”, disse Garcia.
A ação da PM de São Paulo e outras polícias militares no país estão respaldadas em uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Nesta terça ele reforçou que as polícias militares dos estados podem desobstruir inclusive as estradas federais bloqueadas no país e identificar, multar e prender os responsáveis pelos bloqueios. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, há interdições em bloqueios registrados em 20 estados e no Distrito Federal. Segundo a PFR, em entrevista coletiva, 306 pontos em estradas federais pelo país foram liberados até às 11h50 da manhã de terça-feira.
“Quero registrar e fazer um apelo para que essas manifestações se encerrem. As eleições acabaram, nós vivemos num país democrático, São Paulo respeita o resultado das urnas e nenhuma manifestação vai fazer com que a democracia do Brasil retroceda”, disse o governador em coletiva.
Em São Paulo, o Ministério Público disse que o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, constituiu um núcleo de atuação Integrada composto por membros da Promotoria de Justiça da Habitação e do Urbanismo da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para investigar em que circunstâncias estão ocorrendo os bloqueios.
No estado, há bloqueios nas rodovias Castello Branco, Anhanguera, Bandeirantes, Rodoanel e Santos Dumont, essa última, no único acesso ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Também havia bloqueio no acesso ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, mas foi liberado pela PRF na manhã de terça.