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FMI deve rever cota de emergentes no fundo, diz Haddad

Ministro da Fazenda disse ter ouvido da diretora-geral do FMI que o Brasil terá sua atual participação ampliada no fundo

Por Felipe Mendes Atualizado em 12 out 2023, 16h28 - Publicado em 12 out 2023, 15h02
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  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 12, no Marrocos, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está disposto a apresentar um cronograma para a revisão das cotas dos países emergentes, sobretudo a do Brasil. Essas cotas são determinadas de acordo com a relevância dos países na economia mundial.

    O Brasil, por exemplo, detém 2,32% delas, enquanto países desenvolvidos como os Estados Unidos (17,43%), a Alemanha (5,59%) e o Reino Unido (4,23%) são mais bem qualificados no ranking. As nações com as maiores cotas têm privilégios como a possibilidade de acesso a financiamentos de emergência.

    O ministro disse ter sido comunicado sobre a revisão do atual sistema de cotas pela diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva. “O Brasil tem uma posição histórica de defesa do princípio da proporcionalidade, que está nos documentos fundamentais da criação do FMI”, disse Haddad, que está participando da reunião anual do FMI e do Banco Mundial, realizada na cidade de Marrakech. “Se o FMI abdica do princípio da sua fundação, no médio e longo prazo ele vai se enfraquecer. Os países vão buscar seus próprios caminhos, suas próprias instituições.”

    A viagem do ministro se estenderá até o próximo sábado, 14. Ele quer aproveitar a oportunidade para se encontrar com demais lideranças globais — o evento anual do FMI reúne ministros e presidentes de Bancos Centrais de 189 países.

    No evento, o FMI disse esperar que o Brasil apresente um déficit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, voltando ao vermelho após registrar superávits nos últimos dois anos — o fundo estima que o país voltará a ser superavitário apenas em 2028. Haddad, no entanto, reforçou o compromisso de zerar o déficit em 2024 e que entregará um superávit de 1% no PIB em 2026, último ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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